Uma CPI para blindar o governo

Correio Braziliense
postado em 18/06/2022 00:01
 (crédito: kleber sales)
(crédito: kleber sales)

A proposta de uma CPI para investigar a Petrobras e o Conselho de Administração da empresa é vista como uma resposta política imediata, capaz de dar uma
dimensão da revolta do governo com o reajuste no preço dos combustíveis, mas não resolverá o problema no curto prazo. A avaliação entre aliados do Planalto é de que, embora o governo tenha razão ao dizer que a empresa não cumpre a sua função social e visa apenas o lucro, não há saída imediata para a crise internacional no preço dos combustíveis.

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Nesse sentido, o que pode dar algum resultado, avaliam os políticos, é a proposta do presidente da Câmara, Arthur Lira, de elevar a contribuição sobre o lucro líquido da Petrobras para oferecer uma compensação aos caminhoneiros e motoristas de aplicativos e de táxis, que mais perdem com esses aumentos. No mais, será repensar o preço atrelado ao mercado internacional, o modelo de gestão e a privatização, fatores que só terão um desdobramento a médio e longo prazo.

Investigações precisam continuar

Ainda que até agora a Polícia Federal aponte que não há mandantes no caso dos assassinatos do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, quem conhece a região afirma que não dá para simplesmente parar as investigações. "A região é muito conflituosa. E os próprios pescadores muitas vezes têm relação com o tráfico", diz o deputado Marcelo Ramos (PSD-AM).

Sobrou para ele I

O editorial do jornal O Público, um dos mais respeitados de Lisboa, discorre sobre a tragédia na Amazônia, "assaltada" por mineiros, pescadores e agricultores ilegais, além da rede de tráfico de drogas. E mais: "Está também a ser assaltada pela irresponsabilidade do presidente Jair Bolsonaro, que instiga sua destruição, ataca funcionários públicos ou as ONGs que a defendem (...)", diz o texto.

Sobrou para ele II

E segue o editorial: "O mais importante recurso para o equilíbrio do clima do planeta está a ser gerido por um homem com uma insensibilidade avessa à natureza ou aos homens". O Público recorda que Noruega e Alemanha suspenderam o financiamento do Fundo Amazônia por não tolerarem a ingerência de Bolsonaro na gestão. E acrescenta: "Enquanto Bolsonaro estiver no poder, há pouco a fazer".

Enquanto isso, na pré-campanha presidencial...

Como o leitor da coluna já sabe, a equipe do presidente tem duas coordenações de comunicação, uma a cargo do PL e do PP do ministro Ciro Nogueira, e outra sob o comando do vereador Carlos Bolsonaro. O problema, dizem alguns, é quando o presidente ouve mais o filho do que os partidos.

CURTIDAS

Virou moda I/ No embalo da novela Pantanal, a Comissão de Agricultura da Câmara aprovou projeto do deputado Evair de Melo (PP-ES) para criar uma política nacional de fomento ao turismo rural. Evair integra a Frente do Brasil Competitivo, que tem o turismo rural como um dos braços para ampliar a receita do interior do país.

Virou moda II/ O projeto segue agora para Comissão de Constituição e Justiça e, se aprovado, pode seguir direto para o Senado. "Nosso objetivo é proporcionar a diversificação da economia regional, a interiorização do turismo, a difusão de conhecimento e técnicas agrárias e a melhoria das condições das famílias no campo", diz o deputado.

Data Uber, Salvador/ Das nove viagens de Uber pesquisadas pela coluna, oito acreditam e torcem pela eleição do ex-prefeito ACM Neto (foto)para governar da Bahia. E, ciente dessa preferência na cidade hoje, Neto dedica sua campanha ao interior.

Forte lembrança/ A lembrança do ex-senador Antonio Carlos Magalhães continua viva. No Centro histórico, quem pergunta sobre a revitalização, a resposta é sempre a mesma: "ACM foi quem recuperou tudo aqui".

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