EMBATE

PP retira apoio da CPI dos Combustíveis após pedido de Ciro Nogueira

Ao ser questionado sobre o recuo, um parlamentar afirmou ao Correio que "ainda não é o momento" de apoiar a CPI

Cristiane Noberto
postado em 21/06/2022 20:23 / atualizado em 21/06/2022 20:23
A decisão teria partido do presidente do partido, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira -  (crédito: Marcos Corrêa/PR)
A decisão teria partido do presidente do partido, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira - (crédito: Marcos Corrêa/PR)

O Partido Progressistas decidiu não apoiar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Preço dos Combustíveis. A decisão teria partido do presidente do partido, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, a informação foi confirmada ao Correio por parlamentares próximos ao chefe da legenda.

Deputados ouvidos pela reportagem afirmam que não há interesse em avançar com o colegiado há três meses das eleições e um dos motivos seria que a investigação poderia chegar a os próprios parlamentares. “É uma loucura essa CPI agora a 3 meses das eleições. Não tem condições de andar (a CPI)”, afirmou um parlamentar ao Correio.

Outro deputado disse que o próprio presidente (da Câmara dos Deputados), Arthur Lira (PP-AL), foi um dos investigados no petrolão: “Ele não tem o mínimo interesse”.

Ao ser questionado sobre o recuo, outro parlamentar afirmou que "ainda não é o momento” de apoiar a CPI.

O pedido de abertura da CPI do Preço dos Combustíveis começou a circular nesta segunda-feira (20/6). Mesmo após a renúncia de José Mauro Coelho da presidência da Petrobras, a base aliada se articula em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL). Para instalar o colegiado são necessárias 171 assinaturas.

No requerimento, os deputados querem investigar a conduta da Diretoria e do Conselho da Petrobras sobre os preços; instituição do modelo de gestão da estatal; motivos do endividamento da companhia e gerenciamento do passivo; impacto da concessão de benefícios corporativos sobre os preços praticados; modelo tributário dos combustíveis e derivados; e os efeitos decorrentes da sonegação fiscal.

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