Datena sai e facilita aliança PT-PSB

Vinicius Doria
postado em 01/07/2022 00:01

Duas notícias movimentaram, ontem, o cenário eleitoral em São Paulo. Até então líder nas pesquisas de intenção de votos para o Senado, o apresentador de tevê José Luiz Datena (PSL-SP) anunciou que não será mais candidato. É a quarta vez que o jornalista desiste de concorrer a um cargo eletivo.

"Pensei bem e resolvi seguir o meu caminho. Mas, obrigado a ele (Bolsonaro) por ter confirmado o acordo que aconteceu. Não foi por parte dele que não deu certo. Aqueles que me convidaram e chegaram a me entusiasmar, me entenderão. A política não é meu espaço natural", justificou-se o apresentador.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a dizer que estava "fechado com Datena" nas eleições paulistas e contava com o apresentador para reforçar a chapa do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) ao governo do estado — que sofre um revés, pois pretendia pegar carona na popularidade do apresentador para turbinar a candidatura.

Sem Datena no páreo para a única vaga em jogo ao Senado, fica facilitado o caminho para que a aliança entre PT e PSB seja, enfim, selada no estado. Isso porque Márcio França, pré-candidato do PSB ao Palácio dos Bandeirantes, pode anunciar, nos próximos dias, a desistência de disputar o retorno ao governo do estado e se lançar à vaga de senador pela chapa com Fernando Haddad — que vai em busca do governo paulista como candidato do PT.

No início da noite, o Datafolha divulgou uma nova pesquisa sobre a corrida ao Bandeirantes, em que dois cenários de primeiro turno foram testados: um com e outro sem a presença de França. Em ambos, Haddad aparece na frente.

No cenário com o ainda pré-candidato do PSB, o petista lidera com 28% das intenções de voto, seguido pelo próprio França, com 16%. Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparece em terceiro, com 12%, com o atual governador, o tucano Bruno Garcia, marcando 10%.

Mas, sem França, os votos dele se dispersam entre os três remanescentes, com vantagem para Haddad, que sobe para 34%. Já Tarcísio e Rodrigo empatam em 13%.

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