Recado ao rival e afago aos nordestinos

Correio Braziliense
postado em 03/07/2022 00:01

Os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro preferiram realizar eventos em locais distintos um do outro para não correrem o menos risco de se encontrarem, bem como seus apoiadores. E diante de plateias próprias, mantiveram o discurso da mútua desqualificação.

Acompanhado do vive na chapa, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), do governador da Bahia, Rui Costa (PT), e da mulher, Rosângela "Janja" da Silva, o petista disse que que os beneficiários da PEC do Vale Tudo — que distribui R$ 41,2 bilhões antes das eleições — deveriam "pegar todo o dinheiro" e não votar em Bolsonaro, em outubro.

"Eu queria dizer para ele (Bolsonaro) o que o povo baiano está dizendo: 'Bolsonaro, aprove as suas leis, porque a gente vai pegar todo o dinheiro que você mandar, mas a gente não vai votar em você. A gente vai votar em outras pessoas'. Porque o dinheiro que ele está dando agora é só até dezembro", afirmou, em discurso no estádio da Fonte Nova.

O petista comparou a PEC a um sorvete: "Chupou, acabou, fica com o palito na mão". Disse, ainda, que tem certeza de que as Forças Armadas "estarão do lado do povo" e que o país não tolerará "ameaças".

Por sua vez, Bolsonaro participou de uma motociata na capital baiana, cumprimentou apoiadores e discursou em cima de um trio elétrico prometendo "um dos combustíveis mais baratos do mundo". "Lamento que os nove governadores do Nordeste tenham entrado na Justiça contra a redução de impostos na gasolina. Isso é inadmissível. Vamos acreditar que a Justiça não dará ganho de causa a essas pessoas. E nós teremos, brevemente, assim como já baixei ou zerei a maioria dos impostos federais, um dos combustíveis mais baratos do mundo", prometeu.

Na tentativa de cativar os eleitores nordestinos, onde Lula mantém larga vantagem nas pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro disse que o Nordeste é "uma parte importantíssima do nosso Brasil". "Somos um só povo, uma só raça. Cada um tem o seu credo, mas mais de 90% acreditam em Deus", afirmou.

Depois do evento em Salvador, o presidente desembarcou no Rio de Janeiro, onde participou do evento evangélico Louvorzão 93, na Praça da Apoteose, Centro da cidade. Foi ciceroneado pelo pastor Silas Malafaia. (IS) (Leia mais na página 4)

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