Ataque a Lula em evento evangélico no Rio

Correio Braziliense
postado em 03/07/2022 00:01

Depois de participar da motociata em Salvador, o presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpriu mais uma agenda eleitoral, desta vez no Rio de Janeiro. Foi o convidado de honra do Louvorzão 93, show musical evangélico promovido por uma emissora de rádio gospel da capital fluminense, na Praça da Apoteose — trecho final do sambódromo, no Centro da cidade.

A mensagem, como não podia deixar de ser, foi a pauta de costumes, que não teve espaço na motociata horas antes. Segundo Bolsonaro, "o Brasil enfrenta, neste momento, uma luta do bem contra o mal".

"O outro lado (referindo-se a Lula e ao PT) quer legalizar o aborto, nós não queremos. O outro lado quer legalizar as drogas, nós não queremos. O outro lado quer legalizar a ideologia de gênero, nós somos contra. O outro lado quer se relacionar com países comunistas, nós não queremos. O outro lado ataca a família, nós defendemos", reforçou.

No palco ao lado do pastor Silas Malafaia e de outros líderes evangélicos, Bolsonaro disse que "tentaram derrubar o governo por questões econômicas". Mas garantiu que as dificuldades nessa área estão sendo superadas.

"Estamos superando, agora, a questão dos combustíveis, mas muito mais importante é a questão espiritual. Onde os bons se omitem, os maus vencem", pregou.

O presidente relembrou a ocasião em que, durante outro evento evangélico, anos atrás, criou o slogan "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". Segundo ele, ao discursar durante aquela reunião de pastores, lembrou-se da frase "Brasil acima de tudo", que é comum de se ver inscrita em paredes de quartéis. Como estava em um evento religioso, ele emendou a citação a Deus, e estava criado o slogan usado durante a campanha presidencial de 2018.

O evento reuniu cantores de música gospel e pastores. A emissora que o promoveu pertence à família de Arolde de Oliveira, que era senador pelo PSD-RJ e morreu de covid-19, em outubro de 2020.

Quando Bolsonaro foi anunciado, o público se dividiu entre aplausos e vaias. Ao final do discurso, que durou nove minutos, o presidente só recebeu aplausos e o coro de "mito". Depois da fala do presidente, quem assumiu o comando do espetáculo foi Malafaia, que fez um discurso exaltando o presidente.

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