Filho de Caiado morre aos 40 anos

Ingrid Soares
postado em 04/07/2022 00:01
 (crédito: Redes Sociais)
(crédito: Redes Sociais)

Pressionado pelos governistas a não instalar a CPI do MEC e pela oposição a deixar a comissão em funcionamento antes do recesso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), dividirá essa responsabilidade com os líderes partidários na reunião de amanhã e será contestado pela oposição.

"Disse a ele que não faça isso. Consultar os líderes sobre um direito da minoria é o mesmo que consultá-los sobre se cabe habeas corpus. Não há consulta a líderes nesse tema", diz o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). "Se não houver a leitura do pedido de CPI esta semana, vamos ao Supremo, da mesma forma que fomos para a instalação da CPI da Covid", acrescenta.

Pacheco quer dividir as responsabilidades e o governo deseja controlar a CPI. Inclusive, quer se aproximar do PSD para que sejam indicados para o colegiado — se for instalado — senadores mais simpáticos ao Planalto ou, no mínimo, neutros.

Até chegar a esse ponto de escolha dos integrantes, porém, a negociação será árdua e Pacheco tentará vencer na argumentação. Ele já disse a alguns aliados que, na última terça-feira, apresentará suas ponderações sobre as dificuldades de se fazer CPIs em pleno processo eleitoral.

Uma das preocupações de Pacheco é que metade dos senadores estará envolvida com as eleições. Embora apenas um terço dos parlamentares esteja em fim de mandato, há outros concorrendo a governos estaduais ou à Presidência, caso da chapa Simone Tebet e Tasso Jereissati. No DF, por exemplo, os três — Izalci Lucas (PSDB), Leila Barros (PDT) e Reguffe (Podemos) — lançaram suas pré-candidaturas ao governo local. Nesse sentido, Pacheco dirá ainda que não há senadores suficientes para todas as CPIs, se for para deixar o trabalho apenas nas mãos daqueles que não terão participação no processo eleitoral.

Ainda que a oposição consiga a leitura do pedido em plenário, não caminhará rápido. Se a maioria dos líderes decidir pela investigação, o governo tentará arrastar a instalação segurando as indicações. De quebra, insistirá no respeito à leitura e instalação dos pedidos de CPI por ordem de chegada, o que deixa a CPI do MEC no final da fila. (DR)

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