Premiê britânico

Bolsonaro após renúncia de Boris Johnson: "Viram como o Brasil está bem?"

Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada nesta quinta (7/7), o presidente disse ainda que as barreiras econômicas impostas à Rússia por países ocidentais "não deram certo" e que o Brasil optou pelo "equilíbrio"

Ingrid Soares
postado em 07/07/2022 16:55 / atualizado em 07/07/2022 16:55
O chefe do Executivo também citou a inflação mundial e comparou que outras nações enfrentam o desabastecimento -  (crédito: Patrick T. FALLON / AFP)
O chefe do Executivo também citou a inflação mundial e comparou que outras nações enfrentam o desabastecimento - (crédito: Patrick T. FALLON / AFP)

Após a renúncia do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o Brasil está em situação melhor que outros países do mundo — em relação a invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Estão vendo como está o mundo, pessoal? E como está o Brasil? A gente está bem. Todas as previsões do PIB foram revisadas para cima, não por nós. E uma agência falou que ia ter recessão este ano, mas vai ficar para o ano que vem", disse em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro não comentou diretamente a saída do premiê, mas disse que as barreiras econômicas impostas à Rússia por países ocidentais “não deram certo” e que o Brasil optou pelo “equilíbrio”.

"As barreiras econômicas dos EUA e Europa contra a Rússia não deram certo. A minha linha foi de equilíbrio. Mais do que negociarmos fertilizantes, (busquei) a segurança alimentar para o mundo e a soberania da nossa Amazônia. É um país que está conosco nesta questão de soberania", emendou.

O chefe do Executivo também citou a inflação mundial e comparou que outras nações enfrentam o desabastecimento, mas destacou que o Brasil não tem esse problema.

“Por coincidência, botei uma matéria agora na minha rede de zap sobre essa questão da Rússia e a Rússia com a Europa e com os Estados Unidos. Lá fora eles foram executados com altíssima dos alimentos. Estamos indo com corte gás da Rússia para Europa, cortou 40% para a Alemanha essa semana. Nós não temos esses problemas aqui ”, continuou.

“Não temos desabastecimento, não temos problemas internos, não temos terrorismo aqui, não tem mais o MST. Nós botamos o MST lá embaixo sem usar a violência, titulando terras para eles”, completou.
“O pessoal vai entendendo devagar que não é no grito, não é na demagogia , não é prometendo o paraíso para todo mundo que a gente pode sonhar com um país melhor”.

Boris Johnson enfrentava problemas como um escândalo da descoberta de que realizou festas enquanto o país estava em lockdown por conta da covid-19. Johnson também sofreu pressão dentro do partido para deixar o cargo. A crise foi desencadeada pela nomeação de Chris Pincher, do Partido Conservador, para um cargo no governo em 2019, mesmo após Johnson ser informado de uma queixa contra Pincher por assédio sexual.

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