ELEIÇÕES 2022

Em reunião com Fachin, Fux repudia falas de Bolsonaro e garante confiança nas urnas

Presidente Jair Bolsonaro fez uma série de acusações ao processo eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores

Luana Patriolino
postado em 19/07/2022 21:09 / atualizado em 19/07/2022 21:11
 (crédito: Nelson Jr./SCO/STF)
(crédito: Nelson Jr./SCO/STF)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, repudiou as falas do presidente Jair Bolsonaro (PL) que, em reunião com os embaixadores, atacou o processo eleitoral brasileiro. O ministro se reuniu nesta nesta terça-feira (19/7) com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, para discutir sobre os "recentes ataques" ao Judiciário por parte do chefe do Executivo. O encontro foi realizado via videoconferência.

As informações sobre o encontro foram divulgadas pelo STF. Segundo a Corte, Fux teria reiterado a Fachin "confiança total na higidez do processo eleitoral e na integridade dos juízes que compõem o TSE". "Em nome do STF, o ministro Fux repudiou que, a cerca de 70 dias das eleições, haja tentativa de se colocar em xeque mediante a comunidade internacional o processo eleitoral e as urnas eletrônicas, que têm garantido a democracia brasileira nas últimas décadas", diz o comunicado.

Na tarde de segunda-feira (18/7), Bolsonaro fez uma série de ataques às urnas eletrônicas e disseminou diversas notícias falsas sobre a confiabilidade do sistema de votação do país. O presidente também insistiu no discurso de que os magistrados tentam constantemente “desestabilizar” seu governo.

Após os ataques de Bolsonaro, o ministro Edson Fachin deu recados duros ao chefe do Executivo. O presidente do TSE disse que estão tentando “sequestrar a opinião pública” e que é hora de “dizer um basta”.

Fachin disse que há um “inaceitável negacionismo eleitoral” e reiterou que não há nenhum indício de fraude nas urnas eletrônicas. “A Justiça Eleitoral está preparada e conduzirá a eleição de 2022 de forma limpa e transparente. Como vem fazendo nos últimos 90 anos. E nos últimos 26 anos de forma eletrônica para votação”, afirmou.

“Há um inaceitável negacionismo eleitoral por parte de uma personalidade importante dentro de um país democrático, e é muito grave a acusação de fraude (má fé) a uma instituição, mais uma vez, sem apresentar provas”, disse.

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