Para a convenção de hoje, o presidente Jair Bolsonaro pretende fazer um balanço dos programas de seu governo, mencionar o esforço para a redução do preço dos combustíveis e a recuperação da economia e, torcem os aliados, adotará uma postura suave. Leia-se, deixe de lado o tom irritadiço com que se refere a ministros do Supremo Tribunal Federal, urnas eletrônicas e por aí vai. A ordem é tentar mostrar um Bolsonaro mais leve, colocar o bolsonarismo como "da paz" e não da violência. Aliás, muitos querem que ele repita o que diz o ex-governador José Roberto Arruda na entrevista de hoje ao Correio: que o presidente foi a primeira vítima da violência numa eleição — a facada em Juiz de Fora, em setembro de 2018.
O mercado reforça
Às vésperas da convenção de hoje, as sondagens do bolsonarismo ao mercado financeiro para sentir o humor dos investidores ouviram o mesmo que os financistas falam há tempos: ameaças de não aceitar resultado e ataques à Justiça Eleitoral são prejudiciais ao país e fazem mal aos investimentos. Se o presidente Jair Bolsonaro continuar nesse caminho, perderá o apoio de investidores que ainda apostam nele.
A política é local
O ex-presidente Lula pretende ter uma nova conversa com Gilberto Kassab, nos próximos dias, para ver se consegue acertar os ponteiros para que Kassab anuncie apoio a ele no primeiro turno. Só tem um probleminha: em São Paulo, onde Kassab faz política, o PT nunca estendeu o tapete para o ex-prefeito.
Amarra lá
Em caso de segundo turno em São Paulo, entre Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), e entre Lula e Bolsonaro na disputa pelo Planalto, Kassab manterá a neutralidade do PSD na eleição presidencial. Mas as apostas de muitos no PT são de que quem estará contra Haddad será o governador Rodrigo Garcia.
Quem me chamou
Não por acaso, em São Paulo, o PSD optou pelo bolsonarismo, ao lado do ex-ministro Tarcísio de Freitas. Aliás, na convenção do PSD, Kassab fez questão de posar para fotos e entrevistas ao lado do ex-ministro da Infraestrutura.
A Caixa em ação
Silenciosamente, a nova presidente da Caixa, Daniella Marques, acompanha as investigações de assédio e promove mudanças. A turma que subiu com Pedro Guimarães já está quase toda afastada.
CURTIDAS
Temer na lida/ Em suas redes sociais, Michel Temer segue com uma espécie de pré-campanha presidencial. Em seu Instagram, por exemplo, a imagem de destaque, neste fim de semana, era uma foto dele, as cores da bandeira do Brasil e as palavras "pacificação, articulação, conhecimento, união e diálogo".
Veja bem/ A avaliação de emedebistas que estão diariamente com o ex-presidente é de que ele teria tudo para atrair um grande time de políticos. Só tem um probleminha aí: o MDB não se uniria nem a Temer.
A volta ao palanque nacional/ José Roberto Arruda acompanhará a esposa, Flávia Arruda (foto), à convenção do presidente Bolsonaro hoje. É o retorno dele ao cenário nacional, depois da visita a Bolsonaro na semana passada, quando fecharam posição para o GDF, com Flávia ao Senado na chapa do governador Ibaneis Rocha.
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