O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que as Forças Armadas participarão "ao lado" de seus apoiadores dos desfiles de 7 de setembro, em Brasília, e, pela primeira vez, no Rio de Janeiro. A convocação ocorreu ontem, durante o lançamento da candidatura do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo.
"Nos aproximamos do 7 de Setembro, quando iremos comemorar 200 anos de independência. Mas vamos comemorar também como um marco, para mais 200 anos de liberdade. No dia 7, estarei pela manhã em Brasília, com o povo na rua, com a tropa desfilando. À tarde, queremos, pela primeira vez, inovar no Rio de Janeiro: às 16h, as nossas Forças Armadas e as nossas irmãs Forças Auxiliares estarão desfilando na praia de Copacabana ao lado do nosso povo. Vamos mostrar que o nosso povo, mais do que querer, tem o direito e exige paz, democracia, transparência e liberdade", exortou.
No ano passado, na data da Independência, em discurso na Esplanada, Bolsonaro atacou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente disse, ainda, que a partir daquele momento não obedeceria decisões que partissem do ministro Alexandre de Moraes — que assume o comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 16 de agosto.
Na convenção que confirmou a candidatura de Tarcísio, Bolsonaro deixou claro que o próximo 7 de setembro servirá à sua campanha pela reeleição. "O que está em jogo em nossa pátria, o que está em jogo no mundo, é uma nova ordem de mandar no povo e não de comandar como vocês estão vendo até o presente momento comigo na presidência", afirmou. No último dia 24, o presidente convocou seus apoiadores a participarem das manifestações do Dia da Independência "pela última vez".
Bolsonaro fez da convenção do Republicanos mais um palco para a busca do novo mandato. Tanto que além de atacar o STF — chamou os ministros de "surdos de capa preta" —, criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que segundo o mais recente Datafolha está na liderança da corrida presidencial com 18 pontos percentuais de vantagem.
"Temos uma luta, no momento, do bem contra o mal. Sabemos que o outro lado quer destruir a família brasileira, liberar as drogas, legalizar o aborto. O outro lado quer desarmar a população. Uma arma de fogo, mais que a defesa da nossa família, é a defesa da nossa nação. Povo armado jamais será escravizado. O outro lado relativiza a propriedade privada. Nós não nos alinhamos com ditaduras pelo mundo. Não me aproximo de Cuba, da Venezuela. Queremos distância dessas ditaduras. Tenho certeza que no dia 2 de outubro todos decidirão pelo bem e pela garantia que a nossa bandeira sempre será verde e amarela", disse.
Partido Novo
Também ontem, o Novo confirmou o nome do empresário Luiz Felipe D'Avila para a corrida presidencial. Seu companheiro de disputa será o correligionário e deputado federal Tiago Mitraud (MG).
A chapa "puro sangue" foi aprovada por membros do diretório nacional do Novo, além de presidentes e vices dos diretórios estaduais. O partido não está coligado a ninguém e a tendência é que, num eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, apoie a reeleição do presidente. No mais recentre Datafolha, D'Avila nem sequer pontuou.
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