DIPLOMACIA

Bolsonaro diz que telefonará para Zelensky, presidente da Ucrânia

O presidente brasileiro já disse que "não tem o que conversar" com o presidente ucraniano. Na data, o encarregado da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, dizer que o chefe do Executivo brasileiro está "mal informado" sobre a guerra

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (11/7) que tem um telefonema agendado para o próximo dia 18 (próxima segunda-feira) com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. A declaração ocorreu durante coletiva no Palácio do Planalto após encontro com a conservadora presidente da Hungria, Katalin Novák. Essa será a primeira vez que Zelensky e o chefe do Executivo conversam desde o início da invasão russa na Ucrânia.

“Disse que no próximo dia 18 tenho um telefonema acertado com o Zelensky assim como depois da minha visita à Rússia, antes do conflito, tive uma outra conversa com o presidente Putin. Nós queremos, cada vez mais, fazer o possível pela paz”, apontou.

Antes da reunião com a líder húngara, Bolsonaro citou semelhanças entre as gestões. “Temos muita coisa em comum, comercial, os valores familiares que defendemos. E, obviamente, ela não viria aqui para uma primeira visita se não houvesse uma simpatia entre as nossas e as políticas dela”.

“Não tenho o que conversar com ele”

No dia 27 de fevereiro, Bolsonaro afirmou que a população da Ucrânia confiou em um comediante os destinos da nação, se referindo a Zelensky.

“Como o Zelenski, que é um comediante que foi eleito presidente da Ucrânia, eu acho que o povo confiou nele pra traçar o destino de uma nação”, afirmou.

No dia seguinte, disse que “não tem o que conversar” com o presidente ucraniano. Na data, o encarregado da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, dizer que o chefe do Executivo brasileiro está "mal informado" sobre a guerra e sugerir que Bolsonaro dialogasse com o presidente ucraniano.

“Alguns querem que eu converse com Zelensky, o presidente da Ucrânia, eu, no momento, não tenho o que conversar com ele. Eu lamento, se depender de mim, não teremos guerra no mundo”, enfatizou na data.

Já em fevereiro, Bolsonaro se reuniu com Putin. Na ocasião, em discurso na Rússia, o chefe do Executivo afirmou compartilhar valores comuns com o líder russo e pregou sobre a paz em relação ao conflito no leste europeu. Ao afirmar a neutralidade do Brasil na guerra, Bolsonaro foi criticado por não adotar postura mais firme contra o autocrata russo, na contramão da maioria dos líderes mundiais.

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