O deputado federal André Janones (MG) retirou, ontem, a candidatura presidencial para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dois se reuniram em São Paulo e fecharam a aliança, em encontro que contou com a presença dos presidentes de PT e Avante — a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) e Luís Tibé —, além de Geraldo Alckmin, vice na chapa que disputa o Palácio do Planalto. A ideia do petista é construir um amplo arco de apoio para tentar vencer a corrida presidencial no primeiro turno.
O anúncio foi feito pelas redes sociais de Janones. Na transmissão, o deputado afirmou as propostas que elaborou serão inseridas pelo petista no plano de governo, entre elas a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600.
"O Lula está ao meu lado, e vai encampar nossa luta junto conosco. Nesse momento, a gente retira nossa candidatura. A candidatura está unificada e passa pela candidatura do presidente Lula", garantiu o deputado.
Nas últimas semanas, Lula e Janones vinham trocando acenos pelas redes sociais. Por conta disso, o então candidato do Avante anunciou a possibilidade de desistir da corrida eleitoral para apoiar o petista. O ex-presidente manifestou o compromisso de inserir as propostas de Janones e afirmou ter "obsessão" em acabar "novamente" com a fome no Brasil.
No anúncio de ontem, Janones criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que trabalhará "diuturnamente" pela democracia e para derrotar o bolsonarismo. O deputado afirmou, ainda, que as medidas sociais elaboradas pelo governo atual são oportunistas e "usam a fome dos necessitados como moeda eleitoral" — o Auxílio Brasil de R$ 600 só tem validade até o final do ano.
No último Datafolha, divulgado em 27 de julho, o petista tinha 47% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro figurava com 28%. Janones, por sua vez, tinha 1%.
Marçal
O ministro Antônio Carlos Ferreira, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou, na noite de quarta-feira, a recondução de Marcus Holanda à presidência do PROS. Ele tinha sido destituído, no começo da semana, do comando da legenda, em decisão liminar do também ministro da Corte, Jorge Mussi.
Dessa forma, a candidatura de Pablo Marçal à Presidência da República, que ia ser retirada por Euripedes Junior — que assumiu a chefia do partido por poucas horas e anunciou apoio à candidatura de Lula — está mantida.
Isso, porém, não quer dizer que a questão está resolvida. Um áudio que vem circulando nas redes sociais indica que Holanda teria feito pagamentos à irmã de um desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) em troca de decisão que o colocou no comando da sigla, em março passado. Marçal, que é aliado do presidente, afirmou que os áudios foram vazados pela ex-mulher do dirigente.
Holanda e Eurípedes disputam judicialmente o comando do PROS. Já formalização ou não da candidatura de Marçal, que negou renunciar à disputa ao Palácio do Planalto, deve ser definida hoje. (Com VC)
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