Atos em todo o país

"Brasil não permitirá retrocessos democráticos", diz deputada Erika Kokay

A deputada federal participou, nesta quinta-feira (11/8), da manifestação de estudantes em frente ao Congresso Nacional

Victor Correia
postado em 11/08/2022 19:42
Deputada federal Erika Kokay (PT-DF) em manifestação a favor da democracia em Brasília 11/08 -  (crédito: Matheus Lima)
Deputada federal Erika Kokay (PT-DF) em manifestação a favor da democracia em Brasília 11/08 - (crédito: Matheus Lima)

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) afirmou, nesta quinta-feira (11/8), que o país “não aceitará retrocessos democráticos”, e que protestos estudantis ocorreram “todas as vezes em que a democracia foi ameaçada” no Brasil. Erika participou da manifestação estudantilem defesa da democracia e contra o desmonte da educação no governo de Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. 

“Nós estamos lutando para o respeito ao processo eleitoral. Muita gente morreu nesse país (durante a ditadura) e eu acompanhei isso. Muita gente frequentou as salas escuras de tortura, deixando marcas na pele e na alma, para que nos pudêssemos ter o direito de votar”, disse ao Correio a deputada. “Aqui nós estamos mais uma vez nas ruas para dizer que não permitiremos nenhum tipo de retrocesso. E essas manifestações que aconteceram no Brasil inteiro são uma demonstração de que o país não permitirá os retrocessos democráticos na nossa história”, completou.

Movimentos estudantis e sociais reuniram-se nesta quinta-feira em ato a favor da democracia, em Brasília. A concentração ocorreu em frente à Biblioteca Nacional, de onde os manifestantes andaram rumo ao Congresso. O deputado federal Israel Batista (PSB-DF) também esteve presente.

Os atos em defesa do Estado democrático de direito ocorrem simultaneamente em todo o país e foram marcados para coincidir com a leitura do manifesto em favor da democracia organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, que já ultrapassou as 940 mil assinaturas. As manifestações ocorrem também em outras capitais como Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.

"Mostrando a força que os estudantes têm"

A carta foi inspirada na "Carta aos Brasileiros, organizada em 1977 contra a ditadura que, da mesma forma que o manifesto atual, foi lida ao público. A deputada Erika Kokay esteve na leitura do documento, em São Paulo, quando fazia parte do movimento estudantil.

“Nós temos um presidente que aprisionou o estado, que aprisionou também a própria democracia e a verdade”, afirmou Erika Kokay. “Estamos nas ruas em nome da liberdade, da democracia e mostrando a força que têm os estudantes e as estudantes para construir um país onde nós não tenhamos medo, onde nós não tenhamos fome”, completou.

A manifestação ocorre em protesto aos ataques de Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral. Aos gritos de "fora Bolsonaro" e "fora fascista". Os estudantes também protestam contra o desmonte na educação.

O ato é composto principalmente por estudantes e movimento estudantis, e ocorre no Dia Nacional do Estudante, comemorado em 11 de agosto. Participam do protesto entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União da Juventude Socialista (UJS), o movimento jovem Juntos!, além de partidos de esquerda como o PCB, PT, PV e PSol.

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