Eleições 2022

Ciro defende acabar com "adesão vexaminosa e corrupta ao Centrão"

"Eu quero propor as ideias, e não o 'deixa que eu chuto', que tem sido a característica do populismo dos dois lados, de esquerda e direita", disse Ciro no Jornal Nacional

Victor Correia
postado em 23/08/2022 21:35 / atualizado em 23/08/2022 21:45
 (crédito: Reprodução/G1)
(crédito: Reprodução/G1)

O candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT) afirmou, nesta terça-feira (23/8), que pretende acabar com a "adesão vexaminosa e corrupta ao Centrão", além de mudar o modelo de governança política e o modelo econômico do país.

"Eu proponho mudar o modelo econômico, que é uma tarefa profundamente complexa e difícil, e pretendo mudar também o modelo de governança política", afirmou o presidenciável em sabatina realizada pelo Jornal Nacional. "É o que se convencionou chamar de presidencialismo de coalizão ou essa adesão vexaminosa e corrupta ao Centrão. [...] Eu quero propor as ideias, e não o 'deixa que eu chuto', que tem sido a característica do populismo dos dois lados, de esquerda e direita", completou Ciro.

 

 

"O problema do Ciro não é a pessoa dele"

Questionado sobre a dificuldade que teve em formar alianças nacionais em torno da sua candidatura, o presidenciável pediu para que os eleitores votem em candidatos de seu partido, o PDT, para o Congresso Nacional. Ele defendeu ainda que é tradição que os presidentes elejam cerca de 10% do Congresso para o seu próprio partido. 

"O [Luciano] Bivar, do União Brasil, me pediu para deixar a porta aberta até o último dia e me foi honesto. Disse: 'o problema do Ciro não é a pessoa dele, são as ideias'. Nenhum presidente de verdade tinha uma concepção para mudar o Brasil. O primeiro ano transcorreu em branco. Qual foi a concepção estratégica do Lula?", disse Ciro Gomes.

O candidato também defendeu uma das principais propostas de seu programa de governo, a criação de um imposto para grandes fortunas, ao qual atribui a possibilidade de arrecadar o suficiente para financiar um programa de renda básica universal de R$ 1 mil. A proposta é taxar fortunas acima de R$ 20 milhões.

"Essas pessoas vão dizer que isso é ruim, que isso vai trazer fuga de capital. Se a alíquota fosse alta, sim, mas eu vou fazer uma alíquota calibrada", afirmou o candidato. "Cada super rico vai pagar a vida digna de 821 mil brasileiros mais pobres", disse Ciro. "Eu vou energizar a política brasileira, porque a crise brasileira está instalada e tem 30 anos."

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação