INQUÉRITO DAS FAKES NEWS

Bolsonaro diz que inquéritos de Moraes são 'ilegais' e 'imorais'

O presidente Bolsonaro afirmou ainda ainda que o ministro Alexandre de Moraes "está fazendo tudo de errado", mas que não terá "sucesso no seu intento final"

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta terça-feira (2/8), que os inquéritos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes são “ilegais e imorais”. A declaração ocorreu durante entrevista à Rádio Guaíba, quando o presidente comentava sobre o inquérito das fake news, na qual o magistrado é relator. Bolsonaro ainda reclamou de "perseguição".

"A questão do Ministério Público, os inquéritos do senhor Alexandre de Moraes, completamente ilegais, imorais. É uma perseguição implacável por parte dele. A gente sabe o lado dele. E eu falo: estamos jogando dentro das quatro linhas. Falei agora, na minha convenção lá no Rio de Janeiro, vamos pela última vez às ruas para mostrar aqueles surdos, poucos surdos, não são todos, que o povo tem que ser o nosso norte. Essa população aí tem que ser respeitada”, apontou.

"A gente vê muitos indícios, por exemplo, essa manifestação do Ministério Público. Ele abriu um novo inquérito, ele começou a querer investigar mas ainda o presidente sobre um inquérito que eu divulguei no passado. Divulguei, sim, e pra quem quiser, é só pedir que eu entrego. O inquérito não tem qualquer classificação sigilosa", completou, repetindo que hackers ficaram por 8 meses dentro dos computadores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Bolsonaro ainda citou quebra de sigilo de seu ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid. “Quebraram o sigilo do meu ajudante de ordens. Isso não vou adjetivar aqui, que é um crime o que essa pessoa cometeu. O objetivo não é ajudante de ordens, é ver as mensagens que eu troco com ele, algumas confidenciais. (…) Me informo, me abasteço de informações."

"Ele está fazendo tudo de errado, tudo de errado e, no meu entender, ele não vai ter sucesso no seu intento final. Tenho certeza disso”, concluiu.

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