Eleições

Em reunião com banqueiros, Bolsonaro volta a atacar urnas e TSE

O chefe do Executivo ironizou que o setor não deveria gastar dinheiro com defesa cibernética, mas 'pegar' a tecnologia do Tribunal que é "intransponível, impenetrável, inexpugnável".

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar o sistema eleitoral e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira (08/08). Em reunião com empresários da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e com a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), em São Paulo, o chefe do Executivo ironizou que o setor não deveria gastar dinheiro com defesa cibernética, mas 'pegar' a tecnologia do Tribunal que é "intransponível, impenetrável, inexpugnável". Desde o início do voto eletrônico no Brasil, em 1996, nenhum caso de fraude foi identificado e comprovado.

"Eu não entendo como vocês gastam fortuna com defesa cibernética. Não entendo. Temos lá em Brasília, tem um órgão intransponível, impenetrável, inexpugnável. Vão para lá, para pegar a tecnologia deles. É isso que está causando aqui esse 'burburinho da democracia'. "Ah, o Bolsonaro não é democrata”. O outro lado é democrata", disse em referência à Carta pela Democracia, assinada pela própria Febraban e que será lida no próximo dia 11.

"Tanto é que, segundo a imprensa, acabou de assinar a carta pró-democracia [aponta uma foto com Lula e Janja]. Fotografia linda, do lado da jovem esposa, né. Agora, o mesmo cara, fotografia antiga com o nosso prezado Daniel Ortega da Nicarágua que ontem resolveu fechar todas as rádios católicas de seu país. É o mesmo cara que foi fazer campanha para Chávez, esteve ao lado de Maduro, Pepe Mujica", disparou contra o petista.

Bolsonaro ainda voltou a insistir que as Forças Armadas tenham papel ativo na apuração do pleito de outubro. "O voto é a alma da democracia e nós lutamos por transparência, nada além disso. E se as Forças Armadas foram convidados a participar da comissão e apresentaram sugestões, deixa as equipes técnicas discutir. Quem sabe as Forças Armadas estejam equivocadas, mas não impedir essa aproximação e essa conversa", continuou. Porém, o TSE já afirmou que os três itens apontados como "não acolhidos"  foram devidamente analisados de acordo com a legislação eleitoral vigente.

"O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que as três propostas para o aprimoramento das eleições, indicadas como não acolhidas pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira e pelo coronel Marcelo Nogueira de Souza, já foram analisadas e consideradas pela Corte Eleitoral. O Tribunal informa que elas receberam, como dezenas de outras propostas, os devidos encaminhamentos, que respeitaram a legislação eleitoral em vigor", informou em nota.

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