Eleições 2022

Ciro defende acabar com 'adesão vexaminosa e corrupta ao Centrão'

"Eu quero propor as ideias, e não o 'deixa que eu chuto', que tem sido a característica do populismo dos dois lados, de esquerda e direita", disse Ciro no Jornal Nacional

O candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT) afirmou, nesta terça-feira (23/8), que pretende acabar com a "adesão vexaminosa e corrupta ao Centrão", além de mudar o modelo de governança política e o modelo econômico do país.

"Eu proponho mudar o modelo econômico, que é uma tarefa profundamente complexa e difícil, e pretendo mudar também o modelo de governança política", afirmou o presidenciável em sabatina realizada pelo Jornal Nacional. "É o que se convencionou chamar de presidencialismo de coalizão ou essa adesão vexaminosa e corrupta ao Centrão. [...] Eu quero propor as ideias, e não o 'deixa que eu chuto', que tem sido a característica do populismo dos dois lados, de esquerda e direita", completou Ciro.

 

 

"O problema do Ciro não é a pessoa dele"

Questionado sobre a dificuldade que teve em formar alianças nacionais em torno da sua candidatura, o presidenciável pediu para que os eleitores votem em candidatos de seu partido, o PDT, para o Congresso Nacional. Ele defendeu ainda que é tradição que os presidentes elejam cerca de 10% do Congresso para o seu próprio partido. 

"O [Luciano] Bivar, do União Brasil, me pediu para deixar a porta aberta até o último dia e me foi honesto. Disse: 'o problema do Ciro não é a pessoa dele, são as ideias'. Nenhum presidente de verdade tinha uma concepção para mudar o Brasil. O primeiro ano transcorreu em branco. Qual foi a concepção estratégica do Lula?", disse Ciro Gomes.

O candidato também defendeu uma das principais propostas de seu programa de governo, a criação de um imposto para grandes fortunas, ao qual atribui a possibilidade de arrecadar o suficiente para financiar um programa de renda básica universal de R$ 1 mil. A proposta é taxar fortunas acima de R$ 20 milhões.

"Essas pessoas vão dizer que isso é ruim, que isso vai trazer fuga de capital. Se a alíquota fosse alta, sim, mas eu vou fazer uma alíquota calibrada", afirmou o candidato. "Cada super rico vai pagar a vida digna de 821 mil brasileiros mais pobres", disse Ciro. "Eu vou energizar a política brasileira, porque a crise brasileira está instalada e tem 30 anos."

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