Eleições 2022

"Vamos fazer o maior programa de inclusão da história do Brasil", diz Simone Tebet

Durante evento de tecnologia para pessoas com deficiência, em São Paulo, a candidata disse que esse é um dos principais eixos do programa de governo dela

Fernanda Strickland
postado em 03/09/2022 20:39 / atualizado em 03/09/2022 21:03
 (crédito: Divulgação/Assessoria de imprensa)
(crédito: Divulgação/Assessoria de imprensa)

A candidata ao Planalto Simone Tebet (MDB) disse, no fim da tarde de sábado (3/9), que vai realizar o maior projeto de inclusão de pessoas com deficiência da história do país. “Esse é um dos principais eixos do meu programa de governo”, frisou. “E ele ficará a cargo da minha vice, Mara Gabrilli.”

A afirmação foi feita durante visita de Simone e Mara à Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, a Reatech, o principal evento do gênero na América Latina.

Tebet observou que o trabalho na frente da inclusão abarca diversas áreas. “Abrange educação inclusiva, qualificação para que as pessoas com deficiência possam ter emprego e salário, acessibilidade e, portanto, financiamento com recursos do Orçamento para que as cidades sejam para todos, ou seja, que todos estejam no SUS.”

Quando questionada sobre como aperfeiçoar o SUS nesse tipo de atendimento, a candidata destacou: “Faltam recursos e nunca se avança rapidamente na inclusão dos serviços que podem ser feitos. As agências reguladoras, muitas vezes, demoram para avaliar e analisar se determinado medicamento ou instrumento pode ser bancado pelo SUS. Nós não vamos colocar empecilhos, vamos acelerar e pôr tudo em prática. O Brasil tem de ser para todos os 215 milhões de brasileiros".

A candidata destacou o fato de a feira apresentar ampla variedade de recursos de alta tecnologia para, por exemplo, reabilitação. “Tudo está aí, na palma da mão, pronto para chegar às pessoas que mais precisam. Não chega porque há burocracia, má vontade, o dinheiro é direcionado para onde não precisa e, como disse, a agência reguladora, a mando do governo federal, põe o pé no freio para que o serviço não se torne público e chegue ao SUS. Por isso, temos dois Brasis: um da pessoa com deficiência que é rica e tem condições de comprar esses equipamentos e o outro da pessoa com deficiência que tem de usar o SUS.”

Mara Gabrilli disse que, no país, há um imenso gargalo em torno dos serviços e atendimentos necessários a pessoas com deficiência. “O Brasil é considerado o terceiro melhor país do mundo em reabilitação, mas não consegue atender à demanda”, afirmou. “Quando a gente fala em inclusão, fala de todas as pastas como cultura, esportes, infraestrutura urbana, transportes, educação, primeira infância.”

A seguir, a vice-candidata alertou: “E são 45 milhões de brasileiros com deficiência. É um estado de São Paulo. Infelizmente, 90% desse público vive em situação de pobreza. A gente está falando em reverter a fome. E a pessoa com deficiência está entre as mais vulneráveis e agrega discriminação. Vamos mudar isso".

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