Atos de Sete de Setembro

Bolsonaro diz que empresários investigados "são pessoas honestas"

Presidente Bolsonaro reforçou nesta terça-feira ter convidado o grupo de empresários investigados para acompanhar os atos de 7 de Setembro ao lado dele

Ingrid Soares
postado em 06/09/2022 12:46 / atualizado em 06/09/2022 12:47
 (crédito:  Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta terça-feira (06/9) ter convidado os oito empresários investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por compartilhar mensagens golpistas para participarem ao seu lado nas comemorações do 7 de Setembro em Brasília ou no Rio de Janeiro. O chefe do Executivo caracterizou os bolsonaristas como "pessoas honradas".

“Eu convidei os oito empresários para estarem comigo amanhã, aqui no 7 de Setembro. Se não for possível, que vão no Rio de Janeiro. Convidei. São pessoas honradas. Duas têm contato comigo. Ninguém sabe o que está no processo, como ninguém sabe do inquérito de fake news”, apontou, durante sabatina no Jornal da Manhã, da Jovem Pan.

“Qual o problema, em uma reunião de amigos, o cara falar o que vier na cabeça dele? Se a gente pega uma conversa nossa, de homem, em um canto, depois de um futebol, tomando uma tubaína, o que sai de besteira entre nós”, emendou.

Em outro trecho da entrevista, Bolsonaro disse que a medida do STF é uma "covardia": “Uma covardia que fizeram com os oito empresários. Uma notinha do jornal Metrópoles, com emojis ali, se bloqueia conta, se faz busca e apreensão na casa de oito empresários”.

Alexandre de Moraes

O chefe do Executivo ainda apontou "arbitrariedade" na decisão do ministro Alexandre de Moraes contra os empresários. "Eu ouso dizer: se não sou eu o presidente, o Brasil já estaria em uma ditadura. Essa é a verdade", concluiu.

Os empresários são Luciano Hang, da Havan; José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan; Ivan Wrobel, da Construtora W3; José Koury, do Barra World Shopping; André Tissot, do Grupo Sierra; Meyer Nigri, da Tecnisa; Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii; e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.
A operação foi deflagrada no último dia 25 pela Polícia Federal contra empresários bolsonaristas. Os mandados de busca foram emitidos após o grupo supostamente ter defendido por meio de mensagens no WhatsApp a realização de um golpe de Estado, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença Bolsonaro nas eleições presidenciais, em outubro.

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