Eleições 2022

Lula direciona comparação com Ku Klux Klan ao palanque de Bolsonaro

O ex-presidente participou de uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (9/9) no Rio de Janeiro

Victor Correia
postado em 09/09/2022 17:21
 (crédito: Reprodução/Youtube @Lula)
(crédito: Reprodução/Youtube @Lula)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou nesta sexta-feira (9/9) a comparação dos atos de 7 de setembro com uma "reunião da Ku Klux Klan", mas disse que a crítica foi ao palanque de Jair Bolsonaro (PL).

"O palanque aqui de Copacabana, pela fotografia que eu vi, e eu só vi na televisão, era supremacia branca no palanque. Eu até comparei que parecia um pouco a Ku Klux Klan. Só faltou o ‘capucho’, só faltou a máscara. Porque era isso o palanque. É o palanque de uma elite, que tinha um cidadão vestido de Louro José, que era o artista principal da festa, ele pulava, ele gritava, ele animava, ele aplaudia", respondeu Lula ao ser questionado por jornalistas durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro.

"Eu apenas comparei. Todo filme americano eu vejo isso. Eu vejo muita coisa que aconteceu na guerra racial, e eu vi aquele palanque e eu fiquei assustado. Não tinha povo. Tinha uma elite muito violenta no seu discurso, inclusive. A começar pelo presidente da República", disse ainda o petista.

Bolsonaro "mudou as regras do jogo" no 7 de setembro

O ex-presidente foi criticado após fala durante comício na noite de ontem (8/9) em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. "[Bolsonaro] roubou o direito do povo brasileiro de comemorar o dia da independência. Fez de uma festa do pais, uma festa pessoal. O ato do Bolsonaro parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz. Não tinha negro, pardo, pobre, trabalhador", discursou.

Hoje ele voltou a criticar o presidente pelos atos no bicentenário da Independência, afirmando que, quanto era presidente, nunca tentou usar a data com fins eleitorais. 

"Lamentavelmente esse cidadão resolveu mudar a regra do jogo, usar a máquina pública, utilizar o poder de organização dos próprios militares, para fazer isso na campanha. Não é possível, não é normal, e não é democrático. Nós não estávamos habituados a ver isso no Brasil", afirmou o candidato. 

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