ELEIÇÕES 2022

Lewandowski rejeita pedido de Bolsonaro para afastar Moraes de ação

Lewandowski alegou que Bolsonaro quer "tumultar o processo eleitoral"; a defesa de Bolsonaro ainda pedia que fosse suspensa a decisão que o impediu de fazer as lives no Palácio

Luana Patriolino
postado em 30/09/2022 18:54 / atualizado em 30/09/2022 18:54
Na sessão da última terça-feira, os integrantes do TSE mantiveram o veto às realizações das transmissões por quatro votos a três -  (crédito: LR Moreira/Secom/TSE)
Na sessão da última terça-feira, os integrantes do TSE mantiveram o veto às realizações das transmissões por quatro votos a três - (crédito: LR Moreira/Secom/TSE)

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Ricardo Lewandowski rejeitou o pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL) para afastar o ministro Alexandre de Moraes da ação que o impediu de fazer "lives" no Palácio da Alvorada. A defesa do chefe do Executivo apresentou a solicitação por conta do “gesto de degola” do presidente do TSE em um vídeo.

Para Lewandowski, Bolsonaro quer "tumultar o processo eleitoral”. "Vê-se, assim, que o excipiente vem agora nesta exceção veicular alegações completamente destituídas de fundamentação jurídica e, ademais, desprovidas de qualquer demonstração que indique descumprimento do dever de imparcialidade do indigitado magistrado”, escreveu o magistrado.

“Nessas circunstâncias, tenho que o objetivo da presente ação é apenas o de criar um fato político com o reprovável propósito de tumultuar o processo eleitoral. Ante o exposto, com base no art. 280 do RISTF combinado com o art. 94 do RITSE, determino o arquivamento da presente exceção de suspeição”, completou.

O vídeo em questão é o que flagra Alexandre de Moraes passando o dedo no pescoço, um movimento que significa degola ou algo que chegou ao fim foi gravado durante o julgamento que analisava a possibilidade de Bolsonaro realizar suas transmissões nas redes sociais nas dependências do Palácio da Alvorada.

A defesa de Bolsonaro ainda pedia que fosse suspensa a decisão que o impediu de fazer as lives no Palácio. Na sessão da última terça-feira, os integrantes do TSE mantiveram o veto às realizações das transmissões por quatro votos a três.

 

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