CAMPANHA PRESIDENCIAL

Janones: 'A gente não sabe o que o Bolsonaro negociou lá na maçonaria'

Deputado que apoia Lula levantou suspeitas sobre vídeos de Bolsonaro em eventos maçônicos que viralizaram nesta terça-feira (4/10)

Bernardo Estillac - Estado de Minas
postado em 04/10/2022 23:59
 (crédito: Tulio Santos/EM/D.A Press)
(crédito: Tulio Santos/EM/D.A Press)

O deputado federal reeleito por Minas Gerais André Janones (Avante) gravou um vídeo nesta terça-feira (4/10), levantando suspeitas sobre a relação de Jair Bolsonaro (PL) com a maçonaria. Registros antigos do candidato à presidência em lojas maçônicas foram resgatados nas redes sociais e causaram questionamentos por parte do eleitorado cristão do presidente e de seus adversários políticos.

Em transmissão nas redes sociais, Janones relata uma oportunidade que teve de ingressar na maçonaria e disse que foi alertado sobre a necessidade de se "vender a alma" para aceitar o convite. O deputado foi cotado como nome à presidência por seu partido, mas desistiu da candidatura para apoiar a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto.

“Em 2012 eu tinha uma noiva e, nessa época, eu recebi um convite para ingressar na maçonaria. Eu não era cristão ainda, não tinha entregado minha vida ao Senhor e ia aceitar aquele negócio lá de ritual que eles têm lá e tal. No dia de aceitar o convite, minha então sogra me chamou em uma conversa com toda a família da minha então noiva. Ela me mostrou um vídeo do tio Chico, quem é da época vai lembrar, os irmãos evangélicos lembram, onde ele explica o que acontece lá, o pessoal que vende a alma, o negócio do pacto lá com o bode etc”, disse o deputado, que é evangélico e gravou o vídeo em frente ao Templo de Salomão, sede da Igreja Universal do Reino de Deus, em São Paulo-SP.

Na sequência, Janones diz que o motivo de estar gravando o vídeo é alertar os cristãos sobre Bolsonaro. Ele alega que o presidente pode ter envolvido o nome de eleitores para conseguir o apoio dos maçons. O deputado termina a gravação pedindo para que o material seja compartilhado.

“E quero alertar aos irmãos: a gente não sabe o que o Bolsonaro negociou lá na maçonaria para eles apoiarem ele. Não estou dizendo que ele fez isso, mas eu não posso garantir, por exemplo, que ele não negociou em nome dos próprios eleitores. Se no pacto que ele fez não envolveu o nome dos próprios eleitores”, afirmou.

A maçonaria não é um grupo religioso, mas o ingresso de cristãos na comunidade é proibido pela Igreja Católica e diversas denominações evangélicas. A origem das associações maçons remonta ao século XIV, originalmente formadas por construtores.

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