CARREIRA MILITAR

"Bolsonaro já foi preso?": buscas pelo assunto disparam no Google

Bolsonaro servia como capitão no 8º Grupo de Artilharia de Campanha em 1986 e escreveu um artigo para a revista Veja, intitulado "O salário está baixo"

Correio Braziliense
postado em 05/10/2022 18:14
 (crédito: EVARISTO SA / AFP)
(crédito: EVARISTO SA / AFP)

"Bolsonaro já foi preso?" é uma das perguntas mais procuradas no Google nesta quarta-feira (5/10) —  e a resposta é sim. De acordo com informações do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, da Fundação Getúlio Vargas, Bolsonaro servia como capitão no 8º Grupo de Artilharia de Campanha em 1986 e escreveu um artigo para a revista Veja, intitulado "O salário está baixo", o que o levou à prisão por infringir o regulamento disciplinar.

Para o então capitão, que ficou preso por 15 dias, os baixos salários estavam contribuindo para o desligamento de cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). Em 1987, novos atos de indisciplina ocorreram. A revista Veja noticiou o plano que objetivava utilizar bombas para explodir várias unidades da Vila Militar da AMAN.

Bolsonaro foi uma das figuras centrais no plano. O capitão chegou até a desenhar o croqui que explicava o funcionamento de carga de dinamite e o desenho foi divulgado na reportagem da revista.

Quando foram procurados pelo ministro do Exército da época, o general Leônidas Pires Gonçalves, Bolsonaro e o capitão Fábio Passos da Silva negaram veementemente as acusações. Mas por haver testemunhas e provas documentais, o general enviou os resultados de uma sindicância para o Supremo Tribunal Militar (STM). O documento concluía que os envolvidos deveriam ser expulsos das Forças Armadas.

O julgamento do caso ocorreu em junho de 1988. A decisão do STM foi a de que os capitães não fossem excluídos dos quadros do Exército, que alegaram serem "vítimas de um processo viciado".
Bolsonaro e Fábio disseram, também, que as provas documentais eram insuficientes.

A defesa alegou que o laudo, feito pela Polícia do Exército, não permitia comparações caligráficas, por ter sido redigido em letra de imprensa. No entanto, o laudo foi desmentido posteriormente pela Polícia Federal, que confirmou se tratar da caligrafia de Bolsonaro.

Ainda no ano de 1988, Bolsonaro entrou para a reserva com a patente de capitão e iniciou a carreira política, elegendo-se como vereador na cidade do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão.

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