ELEIÇÕES 2022

Lula faz acenos ao agronegócio em busca por reduzir resistência no setor

O presidenciável também voltou a dizer que não é defensor apenas da exportação de commodities e que, na venda de soja, há tecnologias envolvidas

Correio Braziliense
postado em 11/10/2022 03:55
 (crédito:  Nelson Almeida/ AFP)
(crédito: Nelson Almeida/ AFP)

Em mais um aceno ao agronegócio, segmento no qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem ampla vantagem, o candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que não é possível aceitar que "tem o homem do agronegócio bom e o homem do agronegócio ruim". "Tem gente do agronegócio, e tem os bandidos", emendou.

"Os bandidos são aqueles que não respeitam a questão ambiental, são aqueles que querem desmatar, e esses caras não podem ser confundidos com gente do agronegócio", disse Lula, durante encontro com o coletivo Derrubando Muros, que declarou apoio à sua candidatura.

O presidenciável também voltou a dizer que não é defensor apenas da exportação de commodities e que, na venda de soja, há tecnologias envolvidas. "Eu não sou daqueles que digo 'ah, o Brasil não pode continuar exportando só soja ou minério de ferro'. Até porque eu acho que este país, ao exportar soja hoje, a gente está exportando muita tecnologia em um grão de soja, muita engenharia genética em uma carne de frango, uma carne de porco", afirmou.

Pluralidade

Após receber o manifesto de apoio de membros do Derrubando Muros, o candidato a vice na chapa petista, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que o movimento traduz a pluralidade do Brasil que tem sido incorporada na campanha. "Essa é a lógica do segundo turno, ampliar, receber propostas, aprimorar programas, poder avançar ainda mais", frisou.

Em seu breve pronunciamento, o ex-tucano voltou a dizer que Lula tem experiência e liderança e é um nome que defende crescimento econômico com estabilidade, previsibilidade e sustentabilidade.

As três palavras têm sido frequentemente usadas pelo ex-presidente em encontros com nomes do PIB (Produto Interno Bruto), em entrevistas à imprensa e comícios. Ontem, ele voltou a citá-las. "Se o presidente não tiver essas três palavras como pilares do seu comportamento e da sua ação, ele não consegue nem montar governo e muito menos consegue restabelecer a credibilidade que este país tem que ter no exterior", declarou.

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