O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma live pelas redes sociais, nesta quinta-feira (27/10), para avaliar propostas do opositor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para a área econômica. Vestido com a camisa da seleção brasileira, com uma bandeira do país no fundo e dois patinhos de borracha em cima da mesa — uma alusão ao número 22 —, Bolsonaro leu partes do plano de governo petista e disse ter encontrado "mudanças graves".
“Virá um pacote de maldades. Eles nos acusam de fazer o que estão programando fazer. O Lula não tem plano de governo, assim como não tem nenhum nome de possível ministro. Um montão de gente ali está condenado em segunda e terceira instância, com um monte de acusações. São pessoas que lá atrás deixaram o governo do PT para ir para cadeia”, acusa o presidente.
Bolsonaro disse que Lula pretende reduzir o Auxílio Brasil, programa criado no governo dele para substituir o Bolsa Família, iniciado por Lula. “Vão reduzir o Auxílio Brasil para menos de R$ 600. Hoje se gasta R$ 12 bilhões por mês, R$ 144 bilhões por ano e o governo Lula quer reduzir o valor do auxílio. Eles me acusam o tempo todo de que vou reduzir no ano que vem. Se nós ganharmos, vai manter, nós temos recurso para tal, mas eles estão de olho em meter a mão nos bolsos dos mais pobres”, alertou.
No entanto, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nunca afirmou que reduzirá o valor pago mensalmente pelo Auxílio Brasil.
Em entrevista à rádio Super Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, o ex-presidente deixou claro que irá manter o valor de R$ 600 e ainda defendeu a proposta de uma parcela adicional de R$ 150 por criança de até seis anos na família que recebe o benefício. “O auxílio de R$ 600 termina em 31 de dezembro. Nós vamos ter que mandar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para que continue pagando R$ 600 ao povo”, afirmou. "É uma idade que precisa desse complemento. O auxílio vai continuar porque não vamos deixar povo pobre sem auxílio", continuou.
Durante a live desta quinta-feira, Bolsonaro também criticou a formulação da chapa entre Lula e Geraldo Alckmin (PSB). Para o presidente, "o vice (Alckmin) foi negociado para interferir, para participar do programa", e por isso ele considera que o PT não tem um programa de governo.
“Alterar regras para aposentadoria com moléstia grave. Isso é crime. A turma do Alckmin e do PT não tem pena nem de quem tem doença grave”, apelou. Ele mencionou, ainda, que o programa propõe o fim do abono salarial, o aumento da contribuição do MEI, a desvinculação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) do salário mínimo, a revisão da aposentadoria especial e o fim da estabilidade dos empregos dos funcionários públicos.
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