Eleições 2022

Lula e Haddad encerram campanha com denúncias à "máquina de fake news"

Os candidatos à Presidência e ao Palácio dos Bandeirantes fizeram uma caminhada pela Avenida Paulista. Enquanto Haddad falou em suborno no caso do tiroteio da favela de Paraisópolis, Lula lamentou a "fábrica de mentiras" no último debate com Bolsonaro

Henrique Lessa
postado em 29/10/2022 18:36
 (crédito:  AFP)
(crédito: AFP)

São Paulo - O candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerrou a campanha eleitoral com uma caminhada na Avenida Paulista na tarde deste sábado (29/10). Além de Lula, o candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, os vices da chapa, parlamentares do partido e o ex-presidente do Uruguai, José Mujica estiveram em um encontro com a imprensa.

Na entrevista coletiva, Lula e Haddad comentaram sobre uma avalanche de notícias falsas nas redes sociais desde o final do debate de ontem na TV Globo. "Nós percebemos que a máquina bolsonarista de fake news está a todo vapor nessa véspera de eleição", disse o candidato. Ele também informou que "uma série de notícias falsas tem atingido o repórter cinematográfico da TV Jovem Pan que acompanhou a troca de tiros em uma agenda de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na favela de Paraisópolis, a maior da cidade de São Paulo".

Segundo o candidato petista ao Palácio dos Bandeirantes, as notícias falsas acusam o profissional da imprensa de ter sido subornado para mentir sobre o caso em que a campanha de Tarcísio teria solicitado que imagens fossem apagadas da câmera do repórter. "Estão soltando na rede social um vídeo acusando o cinegrafista de ter sido subornado, expondo o jornalista e a esposa que está gravida" acusou Haddad.

"Nunca tinha visto"

Lula apontou que não foi fácil participar do debate de ontem na TV Globo, pois, segundo ele, o adversário mente constantemente. “Eu senti na carne ontem como é difícil fazer um debate com quem descaradamente mente. Em 77 anos, eu nunca tinha visto uma fábrica de produzir mentiras como esse presidente que governa o país”, atacou Lula.

Questionado se teme uma transição conturbada caso vença a corrida ao Planalto, Lula afirmou que, se Bolsonaro se recusar a entregar a faixa presidencial, pedirá para trabalhadores o fazerem. “Não tem dificuldade, não tem que fazer curso, é só passar a faixa”, disse Lula. “Ele fala tchau, vai embora e eu entro”, completou. Segundo o candidato não há clima no país para aventuras antidemocráticas.

No primeiro turno, o presidente Bolsonaro obteve mais votos do que o rival no estado de São Paulo. Mas o petista disse estar confiante em um desempenho melhor nas urnas amanhã. 

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