O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) condenou as atitudes de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira (12/10), no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. O vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou o Twitter para ressaltar que, como católico, ficou “perplexo” com as hostilidades.
“Como católico, estou perplexo com as hostilidades promovidas em Aparecida no dia de nossa padroeira. Tenham mais respeito com os católicos. Igreja não é palanque. É lugar santo, de oração, e não de agressão”, disse Alckmin.
Mais cedo, apoiadores do presidente causaram tumulto no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo, enquanto acompanhavam a visita de Bolsonaro, que assistiu uma missa durante à tarde. Os eleitores do presidente agrediram jornalistas e vaiaram o padre que celebrava a missa em celebração ao Dia de Nossa Senhora Aparecida.
Equipes da TV Vanguarda, afiliada da TV Globo, e da TV Aparecida, emissora da Igreja Católica, foram hostilizadas no pátio da Basílica. Durante a cobertura do evento religioso, os apoiadores gritaram com os funcionários da TV Aparecida, ao mesmo tempo que colocavam o dedo no rosto do jornalista e cinegrafista. Enquanto alguns bolsonaristas hostilizavam a imprensa, outros entoavam o coro “É Bolsonaro!”.
A confusão se estendeu para dentro do Santuário, onde o padre Eduardo Ribeiro celebrava a missa das 14h. Seguidores do presidente interromperam o momento com vaias, palavras de ordem e tentaram puxar o coro de “mito”, que não teve adesão. O padre pediu silêncio e rogou aos fiéis que preparassem o “coração, viemos aqui para rezar”.
Apoiadores do presidente também foram flagrados xingando pessoas vestidas com roupas vermelhas e com canecas de chopp em frente à igreja. O tumulto em Aparecida é o assunto mais comentado no Twitter na noite desta quarta-feira.