PÓS-ELEIÇÃO

Caminhoneiros bolsonaristas fecham outras duas vias no entorno do DF

Em Valparaíso, dois trechos foram fechados pelos caminhoneiros: o km 20 e o km 40. Os apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) também realizaram bloqueios em Cristalina e Formosa

Em protesto contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo presidente da República, caminhoneiros bolsonaristas seguem bloqueando estradas por todo o Brasil. No entorno do Distrito Federal, os manifestantes paralisam no km 19 em Luziânia. Mais cedo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) usou bomba de gás lacrimogêneo para retirar o grupo da pista. No entanto, eles retornaram a ocupar os dois sentidos da estrada por volta das 17h40.

Na cidade de Valparaíso (GO), dois trechos foram fechados pelos caminhoneiros: o km 20 e o km 40. Os apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) também realizaram bloqueios na altura do Café Sem Troco, de Cristalina e de Formosa. Em Brasília, a Polícia Militar fechou a Esplanada dos Ministérios para evitar uma eventual chegada em massa de caminhões.

Um dos manifestantes identificado apenas como "Barroso", afirma ao Correio que o movimento será duradouro e é um protesto contra o resultado das eleições. "A gente está protestando contra o resultado das eleições. Esse tipo de manifestação vai ser recorrente no Brasil por tempo indeterminado. Ficou explícito para nós, pela forma como evoluíram os gráficos da eleição, que não foi certo. Tudo indica que teve fraude nessa eleição", disse.

Desde que saiu derrotado nas urnas do último domingo (30/10), Bolsonaro não se manifestou. Os apoiadores afirmam ainda que a permanência dos bloqueios não está relacionada a um discurso de Jair Bolsonaro. "Estamos lutando pelo bem do Brasil", diz outro caminheiro que não quis se identificar.

Segundo a PRF foram registadas um total de 236 ocorrências em rodovias federais. Em nota, a corporação afirma que está com viaturas em todos os pontos de bloqueio e já acionou a GU em todos os Estados onde foram registrados pontos de bloqueio para obter "interdito proibitório" na Justiça Federal. A PRF informa também estar em negociação com os manifestantes.

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