ELEIÇÕES 2022

Projeto do PL para questionar eleições não tem futuro, afirma Mourão

Mourão, que está em Lisboa desde segunda-feira (21/11) para encontros com autoridades do governo de Portugal, reiterou que, caso Bolsonaro se recuse a passar a faixa, também não o fará

Vicente Nunes - Correspondente
postado em 23/11/2022 15:20 / atualizado em 23/11/2022 15:20
 (crédito: Alan Santos/PR)
(crédito: Alan Santos/PR)

Lisboa — O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, disse que o questionamento do PL ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre os resultados das eleições não dará em nada. O partido do presidente Jair Bolsonaro afirma que mais da metade das urnas usadas no último pleito não são confiáveis e, portanto, elas devem ser desconsideradas. Com isso, Bolsonaro seria declarado vencedor com 51% dos votos. O PL questionou, porém, apenas o resultado do segundo turno do pleito. “A questão que o PL entrou ontem (terça-feira, 22/11) eu julgo que não vai prosperar. É uma questão que nós teremos que resolver adiante”, afirmou.

Ele destacou, porém, que as garantias do TSE de que as eleições brasileiras transcorreram normalmente e de que não houve fraudes nas urnas eletrônicas não são aceitáveis. “Não basta, pura e simplesmente, respostas lacônicas do nosso Tribunal Superior Eleitoral no sentido de contestar eventuais, vamos dizer assim, denúncias ou argumentações sobre o processo (de votação). Nó teremos que evoluir nisso aí”, afirmou. “Acredito que o Tribunal Eleitoral foi parcial nesse jogo”, afirmou.

Faixa presidencial

Mourão, que está em Lisboa desde segunda-feira (21/11) para encontros com autoridades do governo de Portugal, reiterou que, caso o presidente Jair Bolsonaro se recuse a passar a faixa do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de posse, em 1 de janeiro, também não o fará. “Na minha visão, o presidente deveria passar a faixa, porque é uma questão de presidente para presidente, independente do processo, independente de gostar ou não da pessoa. É uma questão institucional”, disse.

O vice acrescentou: “Eu não sou presidente. Se, por acaso, o presidente renunciasse ao cargo e eu me tornasse presidente, eu teria essa responsabilidade. Hoje, eu não tenho essa responsabilidade. Então, não posso vestir aquela faixa e entregar o presidente Lula, que foi o eleito. Eu teria que dobrá-la e entregar bonitinho, dobradinho para isso. Qualquer pessoa que for escalada para isso pode fazer”.

Apagar das luzes

Questionado sobre sua presença em Portugal a pouco mais de um mês do final do governo Bolsonaro, Mourão. “Vim aqui especialmente para agradecer por todo o relacionamento que nós tivemos com Portugal, e, em particular, pelo apoio às comemorações do centenário”. Ele assinalou que esteve no país europeu no ano passado e, com os dois anos de pandemia, houve restrições a viagens.

“O próprio presidente (de Portugal), Marcelo (Rebelo de Souza) esteve no Brasil, o nosso secretário da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Zacarias Costa) esteve duas vezes no Brasil. Então houve um trânsito das autoridades mais relevantes dos dois países ao longo desse período. Não pude vir antes, mas julguei que, já que no apagar das luzes no nosso governo, deveria vir”, frisou.

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