Integrantes do meio jurídico e político manifestaram pesar pela notícia da morte do ministro aposentado Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta quinta-feira (29/11). Aos 78 anos, o magistrado deixou mulher e três filhos. A causa do falecimento ainda não foi divulgada. Ele é conhecido pela atuação em causas voltadas aos direitos humanos e no combate à corrupção.
Em sessão no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a ministra Rosa Weber, presidente do colegiado e do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestou tristeza pela perda do amigo. “Dipp foi um dos expoentes na memória dos que tiveram o prazer de conhecê-lo pessoalmente. A grandeza de trato foi uma marca indelével, e eu fui uma das pessoas que tive esse privilégio”, disse.
Emocionada, Weber destacou a trajetória do ministro. “Foi aqui, nesta casa de gestão e aggiornamento (atualização) do imenso aparato jurisdicional brasileiro, que o tirocínio político de Dipp encontrou espaço para mobilizar inteligências e atitudes em direção a um Judiciário consentâneo com os reclamos de celeridade, estabilidade decisional, integridade moral e bom uso dos recursos públicos. As instituições são impessoais, mas são as pessoas que fazem as instituições”, afirmou.
Dipp também foi integrante efetivo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por meio de nota, o atual presidente da Corte, Alexandre de Moraes, lamentou a perda. “Em nome da Justiça Eleitoral, expresso a mais profunda manifestação de pesar e solidariedade aos familiares e amigos do grande magistrado, que tanto honrou a Justiça Brasileira”, disse.
Nas redes sociais, o ministro do STF Gilmar Mendes escreveu sobre o assunto. “Registro meu pesar pelo falecimento do Min. Gilson Dipp, grande magistrado, professor e advogado. Dipp colecionou inúmeras conquistas em sua longa e exemplar trajetória, a exemplo da sua atuação como um dos maiores Corregedores do CNJ. Meus sentimentos aos familiares e amigos”, declarou.
Políticos lamentam
O senador eleito e ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB) manifestou tristeza e relembrou a convivência com o magistrado. “Minhas homenagens à memória do ministro Gilson Dipp, do STJ, que hoje partiu para o reino. Um grande amigo que tive na magistratura, onde ele atuou com seriedade e verdadeiro compromisso patriótico”, disse.
Gaúcho de Passo Fundo, Dipp se formou em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1968. Em 1989, entrou para a magistratura como juiz do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, nomeado pelo presidente da República.
No STJ, atuou por mais de 16 anos e ocupou os cargos de presidente da Quinta Turma e de vice-presidente do tribunal e do Conselho da Justiça Federal (CJF). O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, destacou a trajetória do jurista. “Dipp era advogado, foi professor de direito e obteve uma respeitada carreira na magistratura, ocupando cargos fundamentais no Judiciário. Meus sentimentos à família e aos amigos”, escreveu via Twitter.
A ex-presidente da República Dilma Rousseff também lamentou a morte. “É com pesar que recebo a notícia do falecimento de Gilson Dipp. Foi um juiz com formação humanista, um valoroso defensor dos direitos humanos e da Justiça. O Brasil e o Rio Grande do Sul perdem um dos seus grandes filhos, absolutamente comprometido com a democracia”, disse.
Por meio de nota oficial, a Associação Brasileira dos Magistrados (AMB) se manifestou. “É com tristeza que recebemos a notícia da morte de Gilson Dipp, personalidade importante do Poder Judiciário brasileiro. Natural do Rio Grande do Sul, Dipp foi vice-presidente do STJ e do CFJ, integrante do TSE e coordenador nacional da AMB para a Justiça Federal”.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) também se manifestou. “Triste notícia o falecimento do amigo M. Gilson Dipp, um jurista muito reconhecido e grande parceiro da defesa dos DH. Dipp deixa um importante legado de trabalho pelo fortalecimento do Estado Democrático de Direito. Minha solidariedade à família”, escreveu.
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