MANIFESTAÇÕES

Bolsonaristas atacam Moraes e usam pipoca para manter mobilização em BH

Protestos contra a vitória de Lula na eleição presidencial ocorrem perto de unidades militares no Barro Preto e na Avenida Raja Gabaglia

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) fazem, nesta terça-feira (15/11), protestos em dois pontos de Belo Horizonte. Apesar de observadores nacionais e internacionais não terem atestado irregularidades na eleição presidencial, vencida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eles contestam o resultado das urnas, no Barro Preto, na Região Central de capital mineira, e na Avenida Raja Gabaglia, na Região Centro-Sul. O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é um dos alvos.

No Barro Preto, os manifestantes se concentram nos arredores do 12° Batalhão de Infantaria do Exército. Água, café e pipoca são distribuídos aos participantes do ato. Banheiros químicos e barracas de acampamento compõem o cenário. A cerca de três quilômetros dali, perto da sede do Comando da 4° Região Militar, a concentração de pessoas é maior. Prova disso é que as duas pistas da Raja Gabaglia estão fechadas.

Saiba Mais

Integrante do Supremo Tribunal Federal (STF) e chefe da Justiça Eleitoral durante o pleito vencido por Lula, Alexandre de Moraes teve a prisão pedida pelos manifestantes em BH. "Ei, Xandão, vai sair no camburão", gritaram alguns deles, que também pediram "socorro" às Forças Armadas.

Assim como no sábado (12/11), quando bolsonaristas organizaram uma marcha que partiu da Praça Raul Soares, no Centro, houve gritos garantindo que o grupo vai se manter acampado a fim de impedir a posse de Lula.

EM/D.A Press - Manifestantes também ocuparam as redondezas de unidade militar no Barro Preto

Histórico

Na semana passada, Moraes ampliou, para todo o Brasil, as punições e medidas tomadas contra empresários de transporte e empresas que financiam bloqueio de estradas e vias públicas por causa da vitória de Lula.

A decisão inicial do ministro valia apenas para o Distrito Federal (DF). A Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e as polícias militares dos estados devem tomar providências para efetuar a liberação das estradas, com previsão de multa horária de R$ 100 mil aos donos de veículos, como já havia sido determinado por ele em 31 de outubro. A sentença foi posteriormente referendada pelo plenário virtual do STF.