Novo governo

Saúde precisa de R$ 22 bilhões a mais do que o previsto, diz Alckmin

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), se reuniu neste domingo (4/12) com 10 médicos que integram o gabinete de transição da Saúde para discutir o orçamento da pasta no próximo ano

Rafaela Gonçalves
postado em 04/12/2022 20:50 / atualizado em 04/12/2022 20:55
 (crédito: João Risi)
(crédito: João Risi)

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), se reuniu neste domingo (4/12) com 10 médicos que integram o gabinete de transição da Saúde, nomeado pelo futuro governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para discutir o orçamento da pasta no próximo ano. O encontro ocorreu no início da noite, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

“Nós precisamos em torno de R$ 20 bilhões a R$ 22 bilhões a mais do que está previsto. Por exemplo, quase não tem recurso para a Farmácia Popular. Quem tem doença crônica precisa tomar remédio. Então, você precisa suprir”, disse o vice-presidente eleito, em entrevista coletiva.

No embalo dos bloqueios de gastos do Orçamento Geral da União de 2022, o governo de Jair Bolsonaro (PL) previu o corte de mais R$ 3,943 bilhões do Ministério da Saúde neste ano para o orçamento do ano que vem. Um dos cortes mais expressivos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023, enviado para o Congresso, é o corte de 59% do Farmácia Popular, com orçamento passando de R$ 2,4 bilhões para R$ 1 bilhão, o que inviabilizaria o funcionamento do programa.

Alckmin afirmou que o novo governo avalia medidas para zerar filas no SUS que podem incluir até mesmo a contratação da iniciativa privada. "Há um compromisso do presidente Lula de zerar a fila que se formou durante a pandemia. Durante a pandemia, corretamente, se priorizou a covid. Então, você acabou tendo filas. A ideia é fazer um mutirão e, inclusive, se precisar, contratar a iniciativa privada, para poder zerar a fila de especialidades, exames e cirurgias", disse.

O vice-presidente também anunciou que o novo governo deve fazer uma campanha de conscientização sobre a vacinação logo no início do mandato. 'O governo vai lançar logo no começo de janeiro uma grande campanha de conscientização sobre a importância da vacinação", disse o coordenador do grupo de transição, que lembrou que apenas 12% das crianças de 6 meses a 3 anos tomaram a vacina contra a covid-19.

O grupo da saúde é comandado pelo cardiologista Roberto Kalil, médico de Lula, que não integra formalmente a equipe do gabinete de transição, mas auxilia na definição de prioridades para a área. Entre a comissão de especialistas que participaram da reunião estão os médicos Drauzio Varella Roberto Kalil Filho, Giovanni Guido Cerri, Miguel Srougi, Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho, Fábio Biscegli Jatene, Claudio Lottenberg, José Medina Pestana, Linamara Rizzo Battistella e Milton Arruda.

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