O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu, na tarde desta terça-feira (13/12), os participantes da transição no auditório do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) para agradecer a participação de quase 1.000 voluntários no gabinete. O petista afirmou que o trabalho realizado pelo grupo apontou "o tamanho do estrago que foi feito nesse país”, que, segundo ele, começou na Saúde com o “Zé Gotinha”, mas foi além. Lula também criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL): "uma figura sem coração, sem sentimento, e que não derramou uma lágrima pelos mortos da covid”.
De acordo com Lula, o atual presidente nunca se reuniu com os movimentos sociais. “É um governo que se trancou dentro de uma redoma”, opinou. “Ele governou sem o Congresso, sem a sociedade. Quem governava de verdade era o ministro da Economia, Paulo Guedes, o Posto Ipiranga”, completou.
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Criticando o silêncio do atual presidente quanto ao reconhecimento da derrota nas urnas, Lula lembrou que perdeu diversas eleições e sempre aceitou as derrotas. “Eu perdi três eleições e, nas três que perdi, eu lamentei, chorei, voltei para casa e, um dia, eu ganhei. E todas as vezes que eu perdi eu respeitei quem tinha ganho”, destacou.
O petista aproveitou para ampliar a crítica ao governo Bolsonaro. “Esse cidadão até agora não reconheceu sua derrota, esse cidadão até agora continua incentivando esses grupos fascistas”, comentou, apontando que Bolsonaro seria na verdade integrante de um movimento global da extrema-direita.
Acompanhavam Lula no encontro a esposa, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e a futura vice-primeira-dama, Lu Alckmin, além da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e o ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador geral dos grupos técnicos da transição. Também estavam presentes o ex-deputado Floriano Pesaro, coordenador da transição, e os futuros ministros indicados Flávio Dino, (Justiça), Rui Costa (Casa Civil) e o embaixador Mauro Vieira (Relações Exteriores).
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