Os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), jogam, neste final de semana, as últimas cartadas para fechar os apoios necessários a fim de garantirem reeleições tranquilas, com longa margem de votos sobre os adversários. Mas dois jantares, ambos na quinta-feira, deixaram a situação de ambos bem encaminhada.
Lira promoveu o encontro de parlamentares eleitos para a bancada paulista. E no mesmo ambiente, a residência oficial da Câmara, estiveram reunidos deputados de espectros antagônicos — como Guilherme Boulos (PSol), Érika Hilton (PSol), Eduardo Bolsonaro (PL), Mauro Frias (PL), Ricardo Salles (PL) e Rosângela Moro (União Brasil).
Já a adesão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à candidatura de Pacheco foi sacramentada também em um jantar, na residência oficial do Senado, na mesma noite do evento promovido por Lira. Apesar de o chefe do Poder Executivo ter prometido equidistância dos pleitos no Congresso, decidiu empenhar seu prestígio pessoal à continuação do senador mineiro à frente da Casa ante à possibilidade de uma disputa apertada com Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro.
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O adversário de Pacheco, por sua vez, se articula para enfrentar a disputa com alguma chance. Marinho formaliza, hoje, às 11h, o apoio das bancadas de PL, PP e Republicanos no Senado à sua candidatura.
Mas isso não quer dizer que os três partidos votarão fechados em Marinho. A avaliação de caciques das três campanhas é que Pacheco consiga captar votos nas bancadas.
Outro fator que reforça a posição de Pacheco à frente de Marinho é a ausência, no bloco de apoio ao bolsonarista, do União Brasil, cuja bancada é considerada conservadora. O senador Davi Alcolumbre (UB-AP) está à frente das negociações em favor da reeleição do atual presidente.
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