Com a aproximação da segunda viagem presidencial nacional de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prevista para ocorrer no próximo dia 6, com destino ao Rio de Janeiro, 122 militares foram nomeados para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A primeira aconteceu há cerca de 15 dias, quando o petista visitou o Território Yanomami, em Roraima. A etnia vive uma crise humanitária sem precedentes.
Após a decisão de que a Polícia Federal (PF) realizará, até junho, a segurança pessoal de Lula, o GSI ficou responsável prioritariamente pelos deslocamentos do presidente, participando assim da organização e, em uma espécie de segunda instância, da proteção do chefe do Executivo, junto com a PF.
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O Palácio do Planalto estuda novas formas de promover a segurança do presidente Lula. Ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT) afirmou, na última sexta-feira (27/1), após almoço com governadores e aliados governistas no Itamaraty, que as exonerações de militares vão seguir. Ele não afirmou, contudo, a quantidades e as datas das dispensas.
Publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (30), as nomeações trazem gradações diversas dentro do GSI, incluindo nomes para o secretariado do gabinete, que possui um ministério próprio.
Mal-estar sem precedentes
A desconfiança com o “órgão” decorre da premissa do governo Lula de que há apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) na célula, que estariam interessados em promover desgastes no terceiro mandato do presidente. O pé atrás ganhou força com o 8 de janeiro, após os atos criminosos na Praça dos Três Poderes.
A ação bolsonarista e o silêncio do Exército, bem como a relutância da instituição em exonerar patentes supostamente envolvidas no caos deste mês e à conivência na manutenção de acampamentos em frente a quartéis, provocaram um mal-estar sem precedentes entre Planalto e Forças Armadas.
Agenda
O GSI é composto de forças militares federais e estaduais. A ida para o gabinete depende de um processo seletivo, realizado pelo Exército. Lula tem viagem confirmada também para a Bahia, no próximo dia 14. No Rio, o presidente vai anunciar o lançamento de programa do Sistema Único de Saúde (SUS) para a redução de filas de cirurgias. Na Bahia, o petista vai relançar o Minha Casa, Minha Vida, substituído na última gestão presidencial para Casa Verde e Amarela.
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