Alencar compara depredações a atuações "sem espírito público" de parlamentares

Parlamentar da Federação PSol/Rede é candidato à Presidência da Câmara dos Deputados, que também tem as candidaturas de Arthur Lira (PP-AL) e Marcel van Hattem (Novo-SP)

Raphael Felice

postado em 01/02/2023 13:38 / atualizado em 01/02/2023 13:41

Chico Alencar conversa com Arthur Lira durante a posse de deputados federais - (crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Chico Alencar (PSol-RJ) tomou posse de mais um mandato parlamentar nesta quarta-feira (1º/2). Após quatro anos longe da Câmara dos Deputados, Alencar disputa a presidência da Casa, que tem Arthur Lira (PP-AL) como grande favorito.

Em seu retorno à Câmara, Chico Alencar criticou os ataques de 8 de janeiro e afirmou a necessidade dos parlamentares respeitarem o mandato com respeito ao bem comum.

“Para lembrar, o parlamento completa seu bicentenário em 2023. Já foi fechado 18 vezes ao longo da história. A cultura autoritária, truculenta no Brasil é histórica, é constante. Depreda e dilapida. Estou voltando e vendo este Salão Verde ainda com algum cheirinho de mofo, porque jogaram água por aqui tudo, pisotearam as plantas, depredaram, saquearam, roubaram, numa ação insana que é um marco, o 8 de janeiro”, disse o deputado.

“Mas vejo que também dilapida a credibilidade do parlamento quem exerce mal o mandato, sem ter espírito público, sem fazer elevada disputa de ideias programas, projetos. Quem contribui para mineração em terra indígena, como se aprovou aqui na gestão passada, quem contribui para devastação ambiental, para a precarização de direitos, quem contribui para insensibilidade em relação às maiorias marginalizadas. Expectativa é que o plenário da Câmara, e as comissões sejam sensíveis às dores da nossa gente. A cuia aqui da Câmara simboliza isso: ouvir os clamores do nosso povo", acrescentou.