Eleições

Bolsonaro diz não entender vitória da esquerda: "Brasil estava indo bem"

Em indireta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro afirmou também "lamentar que um expoente da política brasileira tenha colaborado para que a Venezuela chegasse a essa situação"

Ingrid Soares
postado em 03/02/2023 21:42
 (crédito: Reprodução / Internet)
(crédito: Reprodução / Internet)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (3/2), que o "Brasil estava indo bem" e disse não entender a vitória da esquerda. A declaração ocorreu durante participação no evento em Miami "Power of the People", organizado pelo Turning Point USA, organização estudantil de extrema direita. Bolsonaro foi questionado sobre "o crescimento do socialismo no Brasil" e apontou que "a esquerda busca igualar a população, mas igualar na miséria".

"Sabemos que a esquerda busca igualar a população, mas igualar na miséria. Eu não culpo os eleitores de esquerda por isso, porque afinal de contas, foram doutrinados para seguir essa linha, mas tem que ter um trabalho de cada um de nós por que elas estão no caminho errado e temos, infelizmente, exemplos para mostrar, como o Brasil e nosso vizinho, Venezuela, o país que tem a maior reserva de petróleo do mundo mas que o povo vive em miséria e temos assistido outros países da América do Sul que elegem seus representantes de esquerda que o caminho da pobreza, da miséria é igual para todos eles”, apontou.

Bolsonaro citou a Venezuela como um país que o Brasil não deve seguir exemplo, relatou imigrantes do país vizinho sendo recebidos em Roraima e emendou que a "preocupação com o socialismo" é mundial.

"Já conversei com o chefe de estado anterior aqui sobre a Venezuela e não queremos que o Brasil siga esse caminho. Só por uma cidade do estado de Roraima entram por dia 7000 venezuelanos fugindo da miséria e da violência, chegam pesando 15 kg a menos do que pesavam. Lamentamos essa situação, mas sabemos da dificuldade para a Venezuela voltar à normalidade".

Em indireta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-chefe do Executivo afirmou também "lamentar que um expoente da política brasileira tenha colaborado para que a Venezuela chegasse a essa situação".

"A liberdade é como um grande amor, ele tem que ser todo dia cuidado", continuou.

Ainda em críticas ao petista, Bolsonaro completou que "discursos fáceis arrastam muita gente" e citou umas das promessas de Lula durante a campanha, de picanha e cerveja para a população.

"Promessa de um paraíso aqui na terra. O Brasil, por exemplo, picanha e cerveja. Nós por exemplo, tivemos taxa de emprego melhor do que em 2018, levamos água ao Nordeste, triplicamos com responsabilidade o valor do auxílio, o agronegócio funcionando uma maravilha, não tiveram notícia do MST no meu governo", enumerou.

"Ou seja, o Brasil estava indo muito bem, não consigo entender os motivos que resolveu ir para a esquerda", disse rindo nervoso e apontando para a direção mencionada.

Comentando sobre a migração de pessoas de regimes totalitários para regimes livres Bolsonaro fez uma comparação.

"É igual quando cai o muro de Berlim, né. Para onde foi o povo? Já tivemos momentos que o ditador Maduro fechou a fronteira não permitindo que seu povo viesse para o Brasil. Eu não vi nenhum petista fugindo para a Venezuela", ironizou.

No primeiro discurso público após deixar o governo, o ex-presidente afirmou também que está recarregando as baterias e "não desistirá do Brasil".

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