Brasil-EUA

Senador republicano critica aval para navios iranianos no Brasil

O senador chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de "chavista" e o acusou de ser "alinhado contra os EUA"

Correio Braziliense
postado em 01/03/2023 03:55
 (crédito: Reprodução/ Marinha Iraniana)
(crédito: Reprodução/ Marinha Iraniana)

O senador republicano Ted Cruz, dos Estados Unidos, comentou que a chegada de navios de guerra do Irã no porto do Rio de Janeiro representa "uma ameaça direta a segurança dos americanos", afirmando que todas as companhias brasileiras, incluindo o próprio porto, que fornecerem quaisquer tipo de serviços aos iranianos estão sob risco de receberem sanções, por decorrência das leis antiterrorismo americanas.

"O governo Biden é obrigado a impor sanções relevantes e reavaliar a cooperação do Brasil com os esforços antiterroristas dos EUA. Se o governo não fizer isso, o Congresso deveria forçá-lo" publicou Cruz em seu site.

O senador também chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de "chavista" e o acusou de ser "alinhado contra os EUA". "Ou esses riscos (da chegada dos navios iranianos) não foram transmitidos, ou os brasileiros não se importaram", escreveu.

Os navios iranianos ficarão atracados no Rio de Janeiro até 4 de março. A Marinha do Brasil não comentou as declaração do senador americano.

A visita de embarcações militares iranianas não desagradou apenas parlamentares republicanos. A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, manifestou a preocupação do governo norte-americano. "Esses navios, no passado, facilitaram o comércio ilícito e atividades terroristas e já tiveram sanções da ONU (Organização das Nações Unidas). O Brasil é um país soberano, mas acreditamos fortemente que esses navios não deveriam atracar em qualquer lugar", comentou a embaixadora no último dia 15.

Em 2010, o presidente Lula deu mais um gesto de aproximação com o Irã. Em uma posição controversa, o mandatário brasileiro intermediou, junto com o então primeiro-ministro da Turquia, Recep Erdogan, um acordo nuclear para reabilitar o regime de Mahmoud Ahmadinejad ante a desconfiança dos EUA e das Nações Unidas de que Teerã estaria omitindo o uso de urânio enriquecido para fins militares.

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