Jornal Correio Braziliense

Juscelino Filho

PP e Psol se unem ao PL para que ministro de Lula seja convocado à Câmara

Novos requerimentos de convocação chegaram na Casa. Êxito das tentativas, contudo, depende de decisão de Arthur Lira (PP-AL), um dos interlocutores da permanência do ministro no governo

Parlamentares do PL, PP e Psol apresentaram seis requerimentos, entre o dia 28 de fevereiro e segunda-feira (6/3), para convocar o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), para dar explicações sobre denúncias de uso indevido da máquina pública.


Não há manifestação do PT sobre os pedidos de convocação, embora parlamentares da cúpula da legenda tenham expressado publicamente o desejo do afastamento do ministro da pasta. Nesta terça-feira (7/3), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, após criticar há quatro dias o ministro, sinalizou que a permanência de Juscelino Filho está pacificada e que o assunto “está superado”.


Gleisi argumentou que o momento é de intensificação dos diálogos por parte do ministro Alexandre Padilha (PT), para que a legenda alcance de fato o apoio fiel do União Brasil. A declaração da petista foi dada ao Correio, um dia após o deputado federal licenciado se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros Alexandre Padilha e Rui Costa, das Relações Institucionais e da Casa Civil, respectivamente. Ambos também são do PT.


Nas mãos de Lira

O êxito das tentativas dos quatro parlamentares, contudo, depende de decisão de Arthur Lira (PP-AL), o presidente da Câmara dos Deputados. No entanto, o parlamentar alagoano já sinalizou nos bastidores que não deve dar vazão aos pedidos: Lira foi um dos caciques do Congresso que defenderam ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a permanência de Juscelino na Esplanada.


Os requerimentos são de Sâmia Bomfim (Psol-SP), Chris Tonietto (PL-RJ), Julia Zanatta (PL-SC) e Tião Medeiros (PP-PR). Os pedidos são de números 317, 355, 356, 357, 370 e 394. O União Brasil é o terceiro partido com mais deputados e o quarto com mais senadores, razão pela qual o Palácio do Planalto precisa manter uma relação amistosa, em troca de votos a projetos importantes ao governo.

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