100 dias preso

Polícia Federal adia depoimento de Anderson Torres após pedido da defesa

Preso desde janeiro, o ex-ministro da Justiça seria ouvido em inquérito que investiga as ações da Polícia Rodoviária Federal durante as eleições de 2022

Victor Correia
postado em 24/04/2023 11:55 / atualizado em 24/04/2023 11:56
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Pres)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Pres)

A Polícia Federal acatou pedido da defesa e adiou o depoimento do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, marcado para esta segunda-feira (24/4). A data para um novo depoimento será definida pela corporação.

A defesa de Torres pediu na manhã de hoje que o depoimento fosse adiado devido ao estado emocional e cognitivo do ex-secretário, que "sofreu uma drástica piora". Os advogados argumentaram que um laudo da Secretaria de Saúde do DF, feito no sábado (22/4), atestou que Torres está impossibilitado de participar de audiências por uma semana, devido a "questões médicas". O pedido foi antecipado por Ana Maria Campos, na edição de hoje do Correio

Torres tinha depoimento marcado à PF para hoje, às 14h, no âmbito do inquérito que investiga a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições para impedir que eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegassem às urnas.

Participação em blitze nas eleições

Segundo investigação da PF, Anderson Torres, então ministro da Justiça do governo Bolsonaro, foi pessoalmente à Bahia angariar o apoio da PRF para a realização de operações, mirando eleitores de Lula, apesar de proibição determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também teria produzido um documento de inteligência com as regiões onde o petista venceu no primeiro turno, para basear as operações.

O laudo realizado pela Secretaria de Saúde do DF aponta que Torres está deprimido, tomando medicação e que emagreceu cerca de 10kg desde que foi preso. O ex-secretário completa hoje 100 dias na prisão, suspeito de omissão frente aos ataques terroristas de 8 de janeiro, na capital federal. Segundo integrantes da defesa, o documento aponta, inclusive, risco de suicídio.

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