Jornal Correio Braziliense

Tragédia em Blumenau

Após tragédia, governo destina R$ 150 milhões para fortalecer rondas escolares

Segundo os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e da Educação, Camilo Santana, um grupo de trabalho interministerial para formular protocolos que lidem com ataques à escolas, com o primeiro encontro já amanhã (5/4)

Com o ataque a uma creche em Blumenau (SC), que deixou quatro crianças mortas e outras quatro feridas, os ministros da Educação, Camilo Santana, e da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciaram, na tarde desta quarta-feira (5/4), a criação de um grupo de trabalho (GT) para debater soluções para o problema de violência nas escolas. Além disso, será disponibilizado R$ 150 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública para estados e municípios fortalecerem as rondas escolares.

O governo também decidiu ampliar de 10 para 50 o número de agentes da Divisão de Operações Integradas (Diop) que monitora ameaças a ataques do tipo na deep web, uma camada mais profunda da internet.

Dino ressaltou a importância do trabalho integrado com a pasta sob o comando de Camilo Santana, ao ser questionado sobre a presença de seguranças armados em escolas.

“Isso (GT) envolve múltiplos aspectos, inclusive as famílias, as comunidades escolares, estados e municípios e empresas privadas. Vejam que esse ataque de hoje, terrível, foi em uma escola privada, em que o governo não tem regulação. Agora, obviamente, nesse grupo que o ministro Camilo vai coordenar esse assunto (segurança armada nas escolas) vai ser debatido, mas não é uma decisão do governo federal exclusivamente. A parte que nos cabe é a segurança pública e a decisão do fortalecimento das rondas escolares”, argumentou o ministro da Justiça e Segurança Pública.

O grupo se reunirá emergencialmente na quinta-feira (6/4) e propostas e sugestões já existentes serão analisadas. “Vamos tentar construir protocolos e a partir das experiências e sugestões, porque isso é uma questão que envolve várias áreas da sociedade. Inclusive, envolve, fundamentalmente, a participação de estados e municípios, que são quem executam as políticas lá na ponta, não são os ministérios”, explicou Camilo Santana.