Jornal Correio Braziliense
LITERATURA BRASILEIRA

Duda compara Bolsonaro com personagem da literatura: 'Medíocre'

Declaração dada durante as eleições de 2022 foi novamente compartilhada pela parlamentar, que também comparou Lula com outro personagem

A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) comparou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o famoso personagem de Machado de Assis, Brás Cubas, do livro “Memórias póstumas de Brás Cubas” (1881). A declaração foi dada em entrevista para a jornalista Mara Luquet, para o canal MyNews, ainda durante as eleições de 2022, mas foi compartilhada novamente pela parlamentar neste sábado (13/5).

Para Duda, Bolsonaro, assim como Brás Cubas, foi um político medíocre que possuiu um filósofo pupilo também medíocre - comparando Quincas Borbas com Olavo de Carvalho (1947-2022). “Quincas Borbas tinha uma teoria chamada ‘humanitismo’ que defendia, que para você fazer sucesso na sociedade, tinha que propagar o discurso de ódio, atitudes odiosas. O que seria o Olavo de Carvalho”, disse.

A parlamentar também chegou a comprar o remédio fictício “Emplasto Brás Cubas” - descrito no livro como um “phármakon” indicado para o alívio da melancólica humanidade -, com a cloroquina. “Mesmo cientistas dizendo que não tinha fundamento o Emplasto Brás Cubas ele dizia que tinha um teor religioso, daí a sua importância”, continuou Duda.

A mineira então completa a comparação tecendo uma diferença entre Bolsonaro e o personagem de Machado de Assis. “Na última página do livro ele fala que não transmitiu sua miséria para outra geração, não teve nenhum filho. A miséria seria egoísmo, a hipocrisia e a violência, ele não transmitiu a ninguém. O Bolsonaro transmitiu a seus filhos, então ele consegue ser pior”, disse afirmando que o ex-presidente é uma cópia mal feita de Brás Cubas.

Mara Luquet também perguntou à parlamentar, que na época ainda era vereadora em Belo Horizonte, quem seria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na literatura. Duda então comparou o petista com o líder dos “Capitães da Areia” (Jorge Amado, 1937).

“Acho que o Lula traduz ali no protagonista (Pedro Bala), que é aquele personagem que veio do extrato mais popular e lidera uma grande revolução. Lula não liderou uma grande revolução, mas ele sem dúvida é o maior líder popular que nós temos no Brasil”, completou.