O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (2/6), que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia não será assinado sem que os europeus aceitem as condições do Brasil e disse ainda que é preciso ajuste. A declaração ocorreu durante uma visita a uma fábrica de ônibus elétricos em São Bernardo do Campo, em São Paulo.
"Os que os europeus querem no acordo? Que o Brasil abra as portas para compras governamentais. Ou seja, eles querem que o governo brasileiro compre as coisas estrangeiras ao invés das coisas brasileiras. E se eles não aceitarem a posição do Brasil, não tem acordo. Nós não podemos abdicar das compras governamentais que são a oportunidade das pequenas e médias empresas sobreviverem nesse país", afirmou.
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Reindustrialização do país
Na visita para inauguração da fábrica de ônibus elétricos, Lula ressaltou a importância da reindustrialização do país. O presidente lembrou que a indústria, que chegou a responder por mais de um terço da renda nacional, hoje representa aproximadamente 11% do Produto Interno Bruno (PIB) — a soma dos bens e serviços produzidos no país.
"Cabe ao estado brasileiro garantir a sobrevivência da indústria brasileira para que a gente possa um dia ser competitivo com o mundo exterior. Então, se nós temos que comprar uma coisa, temos que valorizar aquele produto brasileiro que gera emprego e renda no Brasil, e melhore a qualidade de vida das pessoas", discursou Lula, defendendo a política de compras governamentais como forma de induzir o desenvolvimento da indústria nacional.
PIB e exportações
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também esteve no evento e aproveitou o discurso para celebrar o resultado do PIB do primeiro trimestre, que cresceu 1,9%.
"O PIB brasileiro está no top 5, ou seja, entre os cinco maiores que cresceram no primeiro trimestre deste ano. Geralmente, o primeiro trimestre é fraco e, surpreendentemente, nós tivemos um crescimento de 1,9% e, comparado ao mesmo trimestre do ano passado, 4%", disse Alckmin.
Com informações de Agência Brasil.
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