Troca ministerial

"Não se trata como qualquer pessoa", diz líder sobre Daniela Carneiro

Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), quer solução "que dê conforto a todo mundo" para embate envolvendo a possível demissão da ministra do Turismo, Daniela Carneiro

Henrique Lessa
postado em 13/06/2023 13:50
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que ficou sabendo pela imprensa na manhã desta terça-feira (13/6) da sobrevida da ministra do Turismo, Daniela Carneiro ao menos até a próxima quinta-feira (15), quando ela deve participar de uma reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para Wagner, a ministra faz parte da cota partidária do União Brasil, o que torna mais complicada a sua permanência no cargo.

"O problema aqui é que a representação política no governo é de indicação por partidos, ou por escolha do próprio presidente. A Daniela está como representante do União Brasil", apontou o senador.

Wagner ressaltou, porém, que a titular da pasta do Turismo conta com o apoio e o carinho do presidente da República em função do empenho de Carneiro durante a campanha em favor de Lula.

Ministra tem "carinho e apreço" de Lula

"Houve um rompimento com o União Brasil, não me pergunte o porquê. O que eu sei é que eles fizeram campanha para o Lula, fizeram campanha para a Daniela, elegeram nove [deputados] federais, são lideranças importantes em um território que é muito contrário a nós, que é o Rio de Janeiro. Então, não se trata como se fosse qualquer pessoa. É uma pessoa que tem o carinho e o apreço do presidente, então ele vai tentar encontrar uma saída que dê conforto a todo mundo", apontou o líder do governo no Senado.

A declaração de Wagner ocorreu logo após a reunião do presidente Lula com a ministra Daniela Carneiro, que a manteve no cargo até ao menos a próxima quinta. Ela também é conhecida como Daniela do Waguinho, nome do marido Wagner Carneiro, prefeito de Belford Roxo (RJ). O casal aliado é tido como estratégico para Lula, já que, além da sua influência na região da baixada fluminense, tem grande ascensão sobre alguns segmentos evangélicos, um setor ainda distante do governo.

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