Selic

Randolfe critica juros e presidente do BC: "Resquício bolsonarista"

Comitê de Política Monetária se reúne na próxima terça (20) e quarta (21) para definir a taxa básica de juros; especialistas apontam, no entanto, que a Selic deve ser mantida

Ândrea Malcher
postado em 17/06/2023 20:37 / atualizado em 17/06/2023 20:51
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O líder do governo no Congresso Nacional, o senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), criticou, neste sábado (17/6), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e a permanência da taxa básica de juros em 13,75%.

“Só falta agora o resquício bolsonarista lá no Banco Central, o tal do Roberto Campos Neto, começar a baixar a taxa de juros que ninguém segurará este país”, afirmou o parlamentar durante a entrega de 222 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida em Abaetetuba (PA), junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Iremos crescer, sobretudo para dar dignidade aos brasileiros”.

A política monetária do BC será debatida em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na terça (20) e quarta (21), para definir a taxa básica de juros (Selic) que, desde agosto do ano passado, é mantida em 13,75%.

Mesmo com as pressões políticas, a Selic deve seguir no mesmo patamar, como indicam especialistas. Divulgado neste sábado, o banco UBS publicou um relatório com a expectativa de manutenção da taxa. “O início do ciclo de flexibilização ainda depende de novas reduções nas expectativas de inflação”, explica a instituição, que espera que a Selic encerre o ano em 12,25%, chegando a 9% até setembro de 2024.

Campos Neto sinalizou que há possibilidade de reajuste “à frente”, sem especificar quando. “A curva de juros futuros tem tido queda relevante. Isso significa que o mercado está dando credibilidade ao que está sendo feito, o que abre espaço para atuação de política monetária à frente”, disse o presidente do BC na última segunda (12).

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