REFORMA TRIBUTÁRIA

Presidente da CUT sobre impostos: "Tem que tributar patrimônio e renda"

Sérgio Nobre também defendeu a reindustrialização no país e criticou a taxa básica de juros. Ele participou nesta terça de seminário organizado pelo Correio e pelo Sesi sobre Reforma Tributária

Francisco Artur
postado em 20/06/2023 20:58 / atualizado em 20/06/2023 20:59
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre -  (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Embora reconheça avanços na proposta de Reforma Tributária, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, criticou o modelo de impostos no Brasil. Segundo ele, em vez de tributar o consumo e a produção, o estado deve taxar patrimônios e renda. 

"Eu valorizo a intenção de uniformizar e simplificar, o problema do modelo tributário ser baseado na taxação do consumo e da produção é que o milionário quando vai comprar um quilo de feijão pagará o mesmo imposto que uma pessoa que ganha um salário mínimo, por exemplo. Isso é injusto e é preciso mudar esse modelo para cobrar impostos sobre a renda e patrimônio", defendeu. 

A demanda apresentada por Sérgio Nobre é prevista pelo Ministério da Fazenda para ser colocada em prática em um segundo momento. A proposta inicial da Reforma Tributária, que deve ser votada na Câmara na primeira semana de julho, buscará a uniformização dos tributos, mas manterá a taxação sobre o consumo e produção. 

Sérgio Nobre participou, nesta terça-feira (20/6), do seminário sobre Reforma Tributária realizado pelo Correio e pelo Conselho Nacional do Sesi (CN-Sesi). No painel A tributação e a nova economia: desafios e oportunidades no mercado de trabalho, o presidente da CUT também defendeu a redução da taxa básica de juros e a reindustrialização.

"Hoje, a classe trabalhadora faz manifestação em todo o país pela redução da taxa de juros. Não tem justificativa para ter 13,75% de taxa de juros no país. É uma doença esse negócio", protestou o sindicalista.

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