Após operação da PF

'Esse senhor e outros que respondam à Justiça', diz Dino sobre do Val

O ministro da Justiça e Segurança Pública foi questionado nesta sexta-feira (16/6), em Palmas (TO), sobre a operação que mirou o senador ontem (15) no âmbito do inquérito sobre atos antidemocráticos

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou nesta sexta-feira (16/6) a operação da Polícia Federal (PF) que teve como alvo o senador Marcos do Val (Podemos-ES) ontem (15). Segundo Dino, operações policiais e política são coisas diferentes, e a PF cumpre ordens judiciais independentemente de quem seja o alvo. O ministro frisou ainda que "esse senhor e outras pessoas que sejam investigadas que respondam perante a polícia e perante a Justiça".

"Eu não tenho, como integrante do governo, de responder sobre questões políticas. Porque polícia é um âmbito, política é outro âmbito. A nossa posição política, a posição do presidente Lula, é de proteger a democracia e a Constituição", respondeu Dino ao ser questionado por jornalistas após evento de lançamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) em Palmas, Tocantins.

"Os problemas de polícia, esse senhor e outras pessoas que sejam investigadas que respondam perante a polícia e perante a Justiça", acrescentou o ministro.

PF cumpre ordens judiciais

Dino lembrou que os processos e inquéritos sobre os atos de 8 de janeiro estão sendo conduzidos pelo Poder Judiciário, e que mais de 1.300 pessoas respondem a processos criminais por sua participação.  "Temos um Judiciário independente, temos uma Polícia Federal que cumpre as ordens judiciais e realiza as investigações que a lei manda, independentemente de quem seja a pessoa investigada", disse o ministro.

Marcos do Val foi alvo ontem de três mandados de busca e apreensão, dois em Brasília e um em Vitória, Espírito Santo. Na capital federal, agentes da PF fizeram busca em seu gabinete, no Senado, e em sua residência oficial, na Asa Sul. O parlamentar é investigado no âmbito do inquérito sobre atos antidemocráticos, de relatoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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