DEMARCAÇÃO

Thronicke diz que trabalhará em relatório do Marco Temporal durante recesso

Texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 30 de maio. A proposta tramita no Senado e também é apreciada no STF

Taísa Medeiros
postado em 05/07/2023 17:12 / atualizado em 05/07/2023 17:13
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)

A presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e relatora do Marco Temporal, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), afirmou que a votação do Projeto de Lei do Marco Temporal (2903/2023) acontecerá na primeira semana de agosto. A parlamentar declarou que trabalhará no relatório durante o recesso parlamentar.

O Marco Temporal tem a tese de que a demarcação de terras indígenas só pode ocorrer em comunidades que já ocupavam esses locais quando a Constituição foi promulgada, em 5 de outubro de 1998. A ocupação das localidades precisam ser comprovadas.

O texto foi aprovado no plenário da Câmara dos Deputados em 30 de maio, com 283 votos favoráveis, 155 contra e apenas uma abstenção. A demanda é capitaneada pela bancada ruralista e pelo Centrão. A bancada do cocar — nome informal dado à Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Povos Indígenas — tentou barrar a votação, sem sucesso.

Suprema Corte

O tema também é pauta no Supremo Tribunal Federal (STF). A votação foi retomada em 7 de junho e novamente suspensa, por um pedido de vista, ou seja, mais tempo para análise, do ministro André Mendonça. Pelas regras internas da Corte, o caso deverá ser devolvido para julgamento em até 90 dias.

Antes do pedido de vista, o ministro Alexandre de Moraes votou contra a tese do marco temporal. Com a manifestação do magistrado, o placar do julgamento está em 2 a 1 contra o marco. Em 2021, antes da interrupção do julgamento, Edson Fachin votou contra a tese, e Kassio Nunes Marques se manifestou a favor.

 

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