O hacker Walter Delgatti Neto — preso desde o início de agosto — depõe na tarde desta quarta-feira (16/8), na sede da Polícia Federal, em Brasília. A oitiva estava marcada para começar às 13h, mas ele só chegou ao edifício-sede da corporação por volta das 13h10. O homem é investigado por suspeita de tentativa de fraudar a eleição por meio da invasão das urnas eletrônicas.
Segundo a defesa, ele deverá ficar em silêncio durante o depoimento e prestar esclarecimentos apenas amanhã (17), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. O hacker foi preso preventivamente em 2 de agosto, durante operação da Polícia Federal que apura a suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
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Delgatti Neto ficou conhecido por hackear trocas de mensagens do ex-juiz da Operação Lava-Jato Sergio Moro, hoje senador, e do ex-procurador da República e deputado cassado Deltan Dallagnol. Essa é a terceira vez que ele é detido. Na operação de agosto, a PF também fez buscas em endereços ligados à deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ele havia falado aos investigadores que a bolsonarista pediu para que ele invadisse as urnas eletrônicas, além da conta de e-mail e telefone do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O hacker também informou à Polícia Federal que se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em agosto de 2022, por intermediação de Zambelli. Na ocasião, ele afirmou que o ex-chefe do Executivo questionou se era possível invadir o sistema de votação do TSE.
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