São Paulo

Wassef é alvo de busca e tem celular apreendido em restaurante de SP

No último dia 15, Wassef admitiu ter recomprado por quase US$ 50 mil o relógio de luxo vendido irregularmente por assessores do ex-chefe do Executivo

Wassef foi abordado em um restaurante, em São Paulo, onde teve o celular apreendido pela Polícia Federal -  (crédito: Sergio Lima/AFP)
Wassef foi abordado em um restaurante, em São Paulo, onde teve o celular apreendido pela Polícia Federal - (crédito: Sergio Lima/AFP)
Ingrid Soares
postado em 17/08/2023 00:17 / atualizado em 17/08/2023 00:24

Frederick Wassef, ex-advogado de Jair Bolsonaro (PL), foi alvo de uma busca pessoal autorizada pela Justiça na noite desta quarta-feira (16/8). De acordo com o Blog da Daniela Lima, do G1, a Polícia Federal o localizou em um restaurante em São Paulo, e ele teve o celular apreendido e o carro revistado. 

Populares acompanharam a abordagem a Wassef, que esboçou surpresa, mas não manifestou resistência. 

A ação da PF ocorre após Wassef ter admitido, na terça-feira (15), ter recomprado por quase US$ 50 mil o relógio Rolex Day-Date 18946, feito à base de ouro branco, vendido irregularmente por assessores de Bolsonaro. “Eu comprei o relógio. A decisão foi minha. Usei meus recursos. Eu tenho a origem lícita e legal dos meus recursos. Eu tenho conta aberta nos Estados Unidos em um banco em Miami e eu usei o meu dinheiro para pagar o relógio. Então, o meu objetivo quando eu comprei esse relógio era exatamente para devolvê-lo à União, ao governo federal do Brasil, à Presidência da República”, afirmou ele.

No último dia 11, o advogado foi um dos alvos da Operação Lucas 12:2, da Polícia Federal (PF), que investiga a tentativa de venda ilegal de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro. Na época, ele afirmou sofrer uma campanha de "fake news e mentiras de todos os tipos". "Fui exposto em toda televisão com graves mentiras e calúnias", disse no dia 13 de agosto, dois dias antes de ter confirmado a recompra do relógio de luxo. 

Em nota, na ocasião, a Polícia Federal afirmou que os investigados são "suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais".

Além disso, destacaram que os valores obtidos das vendas desse objetos foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados.

O Correio tentou contato com o advogado, mas não teve retorno. O espaço segue aberto para futuras manifestações. 

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